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Mercado e Vendas | PRODUTO
O cultivo e o mercado da uva

A vitivinicultura, produção de uva e vinho, é uma atividade conduzida e apreciada pelo homem há milhares de anos.

· 12/12/2013 · Atualizado em 07/01/2016
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O que é

A produção de uvas envolve uma grande gama de atividades ao longo do ciclo produtivo. Demanda bastante conhecimento técnico do produtor ou a assistência de um profissional com experiência comprovada.

A mão de obra utilizada, abundante em todas as fases, também deve ser bem capacitada, para realizar corretamente todos os tratos culturais necessários.

  • Nome popular da fruta: Uva.
  • Nome científico: Vitis spp.
  • Origem: Ásia.

Fruto

A uva é um fruto tipo baga, de formato, tamanho, cor, consistência e aroma variáveis. A polpa comestível, de sabor doce, ácido, amargo ou adstringente, contém até quatro sementes.

É uma fruta do tipo não-climatérico, ou seja, não amadurece após a colheita, devendo ser colhida no ponto ideal de maturação.

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Planta

A videira, da família Vitaceae, é uma planta trepadeira lenhosa, com gavinhas de fixação. O caule jovem é de cor verde, tornando-se escuro posteriormente. As folhas são grandes, verdes, palmadas e com cinco lobos.

Atinge até sete metros de comprimento. Frutifica a partir do terceiro ano após o plantio, nos meses de novembro a março na região sul e o ano todo na região nordeste.

As videiras compreendem inúmeras espécies e seus híbridos (cruzamentos). Comercialmente, são classificadas basicamente em dois grupos: as finas (cultivares de Vitis vinifera L.) e as rústicas (cultivares Americanas – V. labrusca e V. bourguina – e híbridos).

Outras espécies são utilizadas na fabricação de doces, sucos e vinhos, mas em menor escala (V. riparia, V. rotundifolia e V. aestivalis).

Um grande número de espécies e híbridos de Vitis não possui valor comercial, mas é utilizado como porta- enxerto para as cultivares comerciais, devido à sua resistência a pragas e doenças.

As uvas finas para vinho ou mesa englobam variedades da espécie Vitis vinifera L. de origem europeia, que são sensíveis às doenças fúngicas e altamente exigentes em tratos culturais.

Todas as variedades exportadas estão incluídas nesse grupo ou são híbridas entre elas e alguma outra espécie de Vitis.

As uvas rústicas são cultivares de Vitís labrusca, Vitis bourguina e híbridos interespecíficos, às vezes complexos, envolvendo várias espécies americanas e também V. vinifera. Apresentam, via de regra, alta produtividade e resistência às doenças fúngicas.

As uvas sem sementes ou apirenas são muito apreciadas para o consumo ao natural. Observa-se a ausência completa ou presença apenas de vestígios de sementes nos frutos. Geralmente são da espécie Vitis vinifera ou híbridos desta espécie com outras.

Dentre as fruteiras cultivadas, certamente a uva é a que exige os maiores investimentos e pessoas mais capacitadas. Envolve alto risco, mas com lucratividade bastante atrativa. A exploração racional de um vinhedo depende de uma série de fatores que afetam o seu desempenho produtivo e a sua viabilidade econômica.

Esses fatores devem ser de amplo domínio do produtor, tais como a variedade plantada, espaçamento, clima, solo, incidência de pragas e doenças, rendimento dos cultivos, custos de produção, preço do produto e o conhecimento, atendimento e manutenção do mercado consumidor, interno ou externo.

Especialistas destacam alguns pontos fundamentais na implantação e condução da viticultura:

  • Escolha do local: o vinhedo, preferencialmente, deve ser instalado em regiões de temperatura elevada, baixa umidade relativa e alta insolação. Nessas condições, o crescimento das videiras é contínuo, possibilitando, com as podas, o escalonamento ou concentração da colheita, conforme as demandas do mercado, além da produção de mais de uma safra anual.
  • Mudas: o porta-enxerto e o cavalo (planta que será enxertada) devem ter boa procedência, provenientes de matrizes com alta produtividade e isentas de pragas e doenças.
  • Nutrição: a videira deve ser mantida em níveis nutricionais adequados, baseando as adubações em análises de solo e foliar.
  • Pragas e doenças: o monitoramento e controle das pragas (ácaros, cochonilhas e broca-dos-ramos), doenças fúngicas (míldio, oídio e mofo-cinzento), bacterianas, viróticas, e ervas daninhas deve ser intensivo.

Para consumo de mesa, os cachos devem ser atraentes, com sabor agradável, resistentes ao transporte e ao manuseio e com boa conservação pós-colheita.

A forma ideal do cacho é cônica, com tamanho médio de 15 a 20 cm e peso superior a 300 gramas. Os cachos devem ser cheios, mas não compactos. As bagas devem ser grandes e uniformes, com diâmetro igual ou maior a 18 mm para uvas sem sementes e 24 mm nas com sementes.

A polpa deve ser firme, com película e engaço resistentes. É importante que as bagas apresentem cor intensa, brilhante e uniforme.

Os critérios que determinam o ponto ótimo de maturação para uvas destinadas à elaboração de vinhos, visando a obtenção de máxima qualidade, são a medida do teor de açúcar, a conjugação da medida de açúcares e ácidos ou de açúcares e pH.

O critério de controle mais utilizado é o grau glucométrico (teor de açúcar), medido em escala de graus Babo, que representa a percentagem de açúcar existente no caldo da uva, ou em escala de graus Brix, que representa o teor de sólidos solúveis totais na amostra, 90% dos quais são açúcares.

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Usos e Mercados

Usos

A uva é altamente apreciada para consumo “in natura” e é utilizada na fabricação de diversos produtos, como passa, suco, doce, geleia, vinho e vinagre. Fornece, também, outros subprodutos, como corantes naturais, ácido tartárico, óleo de semente e taninos.

A uva é rica em carboidratos e vitaminas, como tiamina, riboflavina e vitamina C. Os minerais presentes são cálcio, fósforo, magnésio, cobre e, em maior quantidade, potássio.

Mercado

A produção nacional de uva de mesa é destinada ao mercado doméstico e internacional. A produção de vinhos, suco de uva e derivados do mercado está concentrada no Rio Grande do Sul, onde são elaborados 300 milhões de litros de vinho e mosto como média anual, representando 95% da produção nacional.

No mercado interno, o produtor convive, em alguns anos, com o excesso de oferta no pico das safras. Isto provoca uma significativa redução de preços na lavoura, que se estende para o consumidor.

Como a oferta interna é menor que o consumo, essa redução de preço amplia a demanda nas camadas da população de menor poder aquisitivo, não havendo, portanto, perdas ou descarte na produção.

No mercado externo, existem durante o ano duas janelas (períodos) bem claras para a exportação da uva brasileira, quando a oferta de países concorrentes é bem menor.

A primeira vai de abril a junho, quando se comercializa normalmente um terço do volume exportado pelo país, e outra, de outubro a dezembro, quando se embarca os demais dois terços do volume total das exportações.

O mercado brasileiro, apesar das nossas exportações, é importador de uva e seus derivados. Há, portanto, espaço para novos produtores ampliarem a oferta nacional, desde que os parâmetros de eficiência e qualidade sejam observados.


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