Em Tocantins

Mostra apresenta a riqueza gastronômica do pirarucu

Evento foi realizado em Palmas, durante workshop sobre o animal amazônico

Chefs apresentam receitas que têm como base o pirarucuPalmas – Um jantar na capital de Tocantins mostrou a versatilidade da carne do pirarucu, peixe amazônico que vem sendo produzido em cativeiro a partir de um projeto comandado pelo Sebrae e Embrapa Pesca e Aquicultura, desde 2007, na região Norte. O evento fez parte da programação do Workshop Pirarucu da Amazônia, que segue até esta quinta-feira (26) em Palmas.

Sob a batuta do consultor gastronômico Vico Crocco, chefs de cozinha do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará e Tocantins criaram pratos tendo o pirarucu como ingrediente principal.  

O chef Fernando Von Noble (RO) elaborou os Squares de Pirarucu, uma espécie de bruschetta coberta com a carne nobre do peixe; enquanto Jaire de Oliveira (AC) marinou o produto para o seu escabeche à brasileira. Prato originalmente preparado com bacalhau, a brandade também ganhou versão nacional com pirarucu e um molho de tucupi reduzido e caramelado pelas mãos da chef Socorro Azevedo (AP).

Para a surpresa dos convidados, o especialista em hambúrgueres Artur Bestene (PA) elaborou o delicioso Piraburguer. De Tocantins, Expedito Melo fez o Pirarucu à portuguesa, com camadas de peixe, feijão e farofa de ervas. Prato típico do Peru, o ceviche de Milton Braga (AM) ficou especial com jambu e o pirarucu marinado em limão.

Já Dona Kalu (RR) acompanhou o peixe com molho de castanha do Brasil e uma farofa amanteigada. Para finalizar, o coordenador do jantar Vico Crocco brindou a todos com o refrescante sorvete de cajá, com farofa de castanha.

Os pratos foram harmonizados com vinhos brasileiros, em uma parceria com o Ibravin. O Prosecco Peterlongo foi o primeiro a ser servido para acompanhar as entradas frias. Já o Arbo Moscato, da vinícola Perini, escoltou as entradas quentes. E o Chardonnay da Aurora foi combinado com o último prato e com a sobremesa.  

Histórico

Antigamente, a carne de pirarucu era encontrada apenas em forma de mantas salgadas nos mercados populares de cidades da região Norte. Hoje, ela pode chegar fresca e suculenta à casa do consumidor ou aos restaurantes, graças ao esforço que vem sendo realizado pelo Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, que capacita pequenos produtores para dominarem as técnicas de reprodução, alimentação e manejo dessa espécie.

Para ser viável economicamente, os animais são despescados com um ano de idade e cerca de 15 quilos. O resultado, na prática, é uma carne macia, pouco musculosa, versátil e bastante delicada, que já está sendo valorizada por grandes chefs de cozinha do país.

Além de sua importância gastronômica, o pirarucu também tem lugar no setor da beleza e do vestuário. O couro pode virar roupas, sapatos e bolsas. Já as escamas são usadas como lixas de unha, na elaboração de artesanato e até na indústria de cosméticos.

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Luciana Barbo

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