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Pessoas | SUCESSÃO FAMILIAR
Empresas familiares: resolvendo conflitos com soluções eficientes

Empreender em família não precisa ser uma grande dor de cabeça: saiba como adotar medidas práticas para acabar com os desentendimentos.

· 06/03/2017 · Atualizado em 19/04/2023
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Geralmente, a história começa assim: um casal inicia um pequeno negócio, os filhos crescem observando o esforço dos pais e aos poucos vão sendo inseridos na empresa. Essa entrada é gradativa. No começo parece que tudo vai fluir bem e que todos têm o seu lugar, mas à medida que a convivência aumenta e os parentes começam a ganhar espaço e responsabilidades, os conflitos inevitavelmente começam a surgir.

Todas as empresas têm conflito, claro, mas a empresa familiar é um ambiente onde o conflito ganha proporções bem maiores do que em outro tipo de empresa. Inclusive, a maioria dos problemas na empresa familiar envolve disputas por dinheiro ou poder e está diretamente ligada à relação entre os membros da família. Mas você sabia que é possível tirar vantagens desses conflitos?

Veja aqui algumas ações práticas para você encontrar saídas eficientes para os possíveis conflitos em empresas familiares.

O que preparamos para você:

  • O que é empresa familiar?;
  • Tipos de empresas familiares;
  • Como surgem os conflitos;
  • 6 dicas para resolver conflitos.

Tipos de empresas familiares

No geral, as empresas familiares podem ser classificadas como:

a. Empresa familiar tradicional

Neste tipo, a gestão da empresa é exercida exclusivamente por membros da família, possui capital fechado e pouca ou nenhuma transparência financeira e administrativa com os demais colaboradores. 

b. Empresa familiar híbrida

Neste modelo, a empresa tem capital aberto, ou seja, qualquer pessoa pode se tornar sócia comprando ações na bolsa de valores. Contudo, o controle da organização permanece com a família, que detém o maior número de ações. Há maior transparência e a gestão da empresa é exercida por profissionais contratados e especializados. 

c. Empresa com influência familiar

Aqui, a empresa também tem capital aberto, mas a família não detém mais de 50% das ações. Ainda é considerada uma gestão familiar, uma vez que a família possui uma parcela significativa das ações, exercendo influência, ainda que indireta, na administração.

No Brasil, a maior parte das pequenas empresas são do primeiro tipo.

Como surgem os conflitos

A maioria dos problemas na empresa familiar envolve disputas por dinheiro ou poder e está diretamente ligada à relação entre os membros da família.

9 possíveis causas de conflitos em empresas familiares

  • Os pais acreditam que todos os filhos devem trabalhar na empresa e um ou mais dos filhos não têm interesse e/ou aptidão para o negócio;
  • Um dos irmãos se sente preterido nas decisões da empresa em relação aos demais ou sente que trabalha mais que os outros e deveria ser mais valorizado;
  • Filhos que não trabalham na empresa querem opinar nos negócios e outros membros da família discordam;
  • Os filhos constituem suas próprias famílias, agregando novos membros na relação empresa-família, que começam a opinar ou trabalhar na empresa;
  • As novas gerações desejam alterar a forma como a empresa é administrada e implantar inovações, mas os mais velhos acreditam que “em time que está ganhando não se mexe”, por exemplo;
  • Parentes (tios, primos, sobrinhos) são escolhidos para trabalhar na empresa por causa do grau de parentesco, e não pela competência em contribuir com o negócio;
  • Há divergência na escolha do sucessor do fundador da empresa;
  • Falta de comprometimento com o trabalho, que pode ser observada principalmente nos mais jovens, que veem a empresa não como um patrimônio a ser cuidado, mas sim como uma fonte fácil e garantida de ganhar dinheiro;
  • Falta de definição clara da hierarquia, quando o organograma da empresa não reflete a dinâmica das relações no âmbito profissional, gerando disputas de poder.

Como resolver conflitos

Ao aceitar os conflitos (familiares ou não) como parte do dia a dia dos negócios e tirar o melhor proveito deles, as empresas tendem a crescer.

1. Achar o ponto em comum

Toda empresa tem uma razão de existir, na maioria das vezes é gerar dinheiro e lucro para os sócios. Se todos estiverem interessados em fazer a empresa ganhar mais dinheiro, os problemas serão analisados a partir do resultado final que se espera.

 2. Melhorar a comunicação

Podemos dizer que a melhor maneira da família se preparar para resolver conflitos é conversando e discutindo com racionalidade sobre como resolvê-los antes que aconteçam. A falta de disposição em ouvir opiniões diferentes e julgá-las sem preconceitos pode levar a empresa a não reinventar seu modelo de negócio e, muitas vezes, quebrar. Melhorar a comunicação na empresa é fundamental.

3. Fazer um Acordo Familiar

O acordo familiar é um conjunto de regras e de normas que determina como será a relação entre a família, os sócios e a empresa. Cada família deve definir os itens que constarão em seu Acordo Familiar.

Lembre-se:

  • A família deve discutir cada problema que pode surgir ao longo da existência da empresa e definir em conjunto como resolvê-los;
  • Documentar, por escrito, essas decisões prévias para consultá-las sempre que preciso;
  • Pegar assinatura de todos os membros da família no Acordo Familiar;
  • Não esqueça que familiares que não trabalham na empresa não recebem salário (pró-labore), mas legalmente têm direitos sobre a empresa. Por isso pode ser importante incluí-los nas grandes decisões do negócio, tanto nas definições do Acordo Familiar quanto do Conselho Familiar.

4. Constituir um Conselho Familiar

O Conselho Familiar é um grupo de pessoas que se reúnem periodicamente para a tomada de decisões sobre determinados assuntos. Ele pode conter ainda pessoas externas à empresa, como outros empresários e consultores terceirizados.

5. Dicas para a constituição de um Conselho Familiar

Participantes: podem ser incluídos todos os membros da família ou alguns que representam o interesse de todos e pessoas externas à empresa, como outros empresários e consultores.

Periodicidade: é importante decidir quando o conselho vai se reunir e por quanto tempo, levando em consideração o objetivo dessas reuniões.

Objetivo: através do conselho, muitas empresas familiares decidem o código de ética, fazem o planejamento estratégico, avaliam como está o cumprimento das metas estabelecidas, definem os critérios para ingresso de membros da família na empresa, decidem o processo de preparação de herdeiros e de sucessão na gestão da empresa. É também o momento de resolver problemas, conflitos e crises da empresa.

6. Incluir terceiros na resolução de conflitos

Ao surgirem conflitos, é possível optar por buscar ajuda de terceiros, ou seja, pessoas que não são membros da família e não fazem parte da gestão do negócio para mediar os conflitos, como consultores terceirizados, empresários parceiros, coaches em liderança. O papel destes mediadores é auxiliar as partes interessadas a chegar a um consenso.

Material de apoio

E então? Sente-se mais seguro e mais próximo da resolução dos conflitos por conta da empresa ser familiar? Nós esperamos ter contribuído com o seu aprendizado. Se quiser, você ainda pode se informar sobre o assunto:

Artigo: Cinco dicas para administrar uma empresa familiar

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