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Planejamento | FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO
Matriz de Foco: como priorizar as ações de maior impacto?

Com tantos caminhos possíveis, como definir qual é a ação com mais impacto para a sua empresa? Use a matriz Domínio-Impacto-Custo para descobrir.

· 03/07/2017 · Atualizado em 04/07/2017
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Nos últimos anos tenho trabalhado com diversas startups de diversos países. Recentemente, pensando sobre as discussões que mais se repetiam e que tinham relevância, deparei-me com uma frase que sempre aparecia nas conversas: “Preciso focar, mas como?”.

A vida de um empreendedor é conhecida pela maioria de vocês, leitores. Uma grande ideia na cabeça de poucos. Em pouco tempo, a ideia ganha vida e mais pessoas se juntam ao time. Com mais um pouco de tempo, as receitas começam, a busca por investidores se acelera e o crescimento, em todos os aspectos, se torna uma realidade. Em todo este processo, recorrentemente existe um diálogo entre oportunidades e recursos, ou seja, concentrar-se no que realmente interessa com o que se tem disponível, seja dinheiro, tempo, pessoas ou contatos. Ao longo desta jornada desenvolvi um approach para ajudar os empreendedores a responder a factícia questão: “Preciso focar, mas como? ”. Chamo este approach de “Domínio-Impacto-Custo”.

Deixando subjetivismos e achismos de lado, o processo de decisão passa por racionalizar os pensamentos, caminhos e resultados nas situações existentes por meio da alocação de todas informações em duas matrizes 2×2.

1ª Matriz: Domínio-Impacto

A maioria das conversas sempre começa sem a discussão básica sobre o nível de domínio que temos sobre um resultado. De que adianta gastarmos um bom tempo discutindo ou trabalhando em questões nas quais não dominamos o direcionamento, o resultado ou as variáveis? Costumo dizer: “Se a Mega-Sena é um jogo de azar, por que deveríamos gastar mais de 5 segundos em quais números vamos jogar? Gastar tempo com isto faz com que possamos melhorar nosso resultado? (lembro: subjetivismos e achismos de lado!).

Após separar aquilo que realmente dominamos do que não dominamos, a grande discussão é sobre a relevância do impacto desta conversa, afinal, por que gastaríamos quaisquer recursos com uma discussão com pequeno impacto?

Quando somos capazes de separar as discussões nos quadrantes da matriz “domínio-impacto”, conseguimos chegar na primeira fase do “preciso focar”, pois com este exercício, somos capazes de deixar de nos preocupar com aquilo que não dominamos e, dentro do que dominamos, somos capazes de deixar de lado as ações que têm baixo impacto.

Foque no que você domina e que terá alto impacto em sua empresa.

2ª Matriz: Impacto-Custo

Após a primeira fase do “preciso focar” concluída, resta mesmo entender o quão complicado é atingir o que queremos em cada ação. Neste sentido, a regra aqui é simples: a famosa lei do custo-benefício, associada aos recursos disponíveis.

Após a seleção das ações de alto impacto, uma nova distinção por relevância é importante, pois sempre temos a tendência de considerar tudo importante. Portanto, separar novamente as ações nos obriga a ir a um ótimo nível de foco.

Na outra ponta, cada vez que você separa as ações de acordo com a importância, deve associá-la ao custo. Custo aqui não é apenas o financeiro, mas qualquer tipo de custo, incluindo os intangíveis.

Após a conclusão da segunda fase do “preciso focar”, ficam claras (em especial, por causa da visualização) quais ações de fato merecem foco, pois as ponderações ao longo do processo garantem uma organização de ideias e relativizações por fatores importantes para qualquer empreendedor. 

Foque no que tem o menor custo com o maior impacto possível em sua startup.

Ou seja... 

Foque no que você domina e que terá alto impacto em sua startup e depois concentre-se no que tem o menor custo com o maior impacto possível em sua startup.

Um exemplo interessante de aplicação destas duas matrizes foi o caso de uma startup do setor de entregas que trouxe uma questão: o desenho do modelo de negócios resultava em três possíveis tipos e eles tinham muita dificuldade de decidir por qual optar. Perguntei como os modelos tinham sido definidos e a resposta foi: pensamos no que investidores gostariam de ver e então decidimos como modelar os possíveis modelos de negócios. O ponto é: como você pode definir algo baseado na expectativa de dezenas de possíveis investidores? Você nunca terá esta resposta!

No final, fizemos um grande trabalho e definimos dois modelos de negócios baseados nos recursos disponíveis e com a consciência que eles poderiam ser ajustado à medida que novos recursos fossem disponibilizados. Dentre os dois, escolhemos aquele que teria o maior impacto e, neste caso, definimos impacto como potencial de escalabilidade, pois investidores adoram isto! Todo este processo sempre considerando o custo de cada escolha.

Sanity Check dos Resultados do “Domínio-Impacto-Custo”

Qualquer simplificação do processo decisório necessariamente leva a resultados que parecem claros, mas podem carecer do que chamo de “sanity check” (algo como verificação de sanidade, em português).

Temos uma tendência natural de criar lógicas reservas após atingirmos um resultado criado por nós mesmos. Ou seja, temos uma tendência de adaptar a lógica do pensamento para manter nossa conclusão válida. Fenômenos estudados nas Finanças Comportamentais, como ancoragem, explicam isto. O sanity check é uma forma de testar a qualidade do resultado, não necessariamente revendo todo o processo, mas fazendo simples testes da consistência dele.

Sempre busco usar dois conceitos para testar a “sanidade” do resultado.

Regra do 80-20: Tenha certeza de que você identificou as ações realmente importantes, que carregam a maior relevância. Por exemplo, se estiver discutindo possíveis investimentos em soluções de controle de qualidade, certifique-se que seu investimento atacará 80% dos defeitos que são oriundos de 20% dos processos.

Outro exemplo: ao focar seu time de desenvolvimento em uma ação, pergunte-se: os custos de desenvolvimento demandarão 80% do esforço (em tempo e recursos) para produz 20% do código ou 80% do código será produzido com apenas 20% do esforço?

Dinâmica de Sistema: Nada em um sistema (e uma ideia ou startup é um) está isolado. Desta forma, ao atacarmos algo, sempre iremos afetar outro elo ou área do sistema. Portanto, é de suma importância entendermos a consequência da ação sobre outra parte do sistema e ter a certeza que esta área não será danificada, demandando novos recursos para consertá-la.

Pense: Deslocar 10% do tempo do CEO para esforços comerciais gera um aumento da carteira em 50%. Isto significa que é uma ação de alto impacto e baixo custo? Agora pense que o aumento expressivo de sua carteira de clientes demanda um time de atendimento ao cliente com mais 10 pessoas, e o recrutamento e treinamento demandam 4 meses por pessoa. Ainda é uma ação de alto impacto e baixo custo?

Preciso focar, mas como? Com o approach “Domínio-Impacto-Custo” é possível racionalizar decisões, ser prático e deixar nossos subjetivismos e achismos de lado. Agora é com você! Use essa matriz para definir as prioridades da sua empresa e garantir que tudo o que hoje é considerado prioridade, realmente é o mais importante.

Conteúdo produzido em parceria com a Endeavor Brasil


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