DIFERENCIAL
Pequenos negócios com potencial de impacto
Saiba o que são, os principais desafios e como o Sebrae trabalha para ajudar as empresas que se encaixam nesse perfil.
Nas empresas de alto impacto, o principal ponto de mensuração é o quanto aquele negócio impactou, mudou, transformou ou redefiniu a vida dos consumidores, o mercado, a sociedade e a própria lógica de mercado. O impacto deve ser avaliado a partir de um conjunto de elementos, algumas vezes de difícil mensuração, daí a dificuldade de definir ou personificar de forma clara e com contorno objetivo uma empresa de alto impacto.
Em termos gerais, este são alguns dos elementos que estão no DNA das empresas de alto impacto:
- taxa de crescimento constante;
- atuam ou têm potencial para atuar no mercado global;
- altas taxas de faturamento não resultante do número de funcionários;
- têm inovação como elemento essencial do modelo de negócio;
- transformam ou mudam radicalmente a lógica do modelo ou uma cadeia de negócio preestabelecida;
- alto grau de flexibilidade;
- questionam a hierarquia e experimentam novos modelos organizacionais.
Elas não são apenas de startups, como erroneamente se pensa. São também aceleradoras, fundos de investimento, redes de investidores-anjo, fab labs, agências de trasnferência de tecnologia, "garagens corporativas", espaços de coworking, hackathons, cursos de empreendedorismo inovador, metodologias de aceleração e muitos outros movimentos.
Segundo o Gabinete de Estatísticas da união Europeia (Eurostat) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as empresas de alto potencial são aquelas que apresentam, por um período de três anos, um crescimento anual de 20% em relação ao número de funcionários, tendo no começo do período de observação, dez ou mais funcionários.
Desafios para a criação e disseminação de negócios de alto impacto
O ecossistema brasileiro apresenta diversos desafios aos pequenos negócios com potencial de alto impacto. Entre eles:
- uso de tecnologia: capacidade limitada dos pequenos negócios em fazer uso estratégico da tecnologia e carência de um plano de longo prazo e de uma agenda tecnológica;
- acesso a capital: imaturidade do pequeno empreendedor para lidar com potenciais investidores e imaturidade do mercado de venture capital brasileiro;
- cultura empreendedora: alto nível de aversão ao risco por parte de organismos de fomento, investidores e dos próprios empresários;
- ambiente regulatório: inadequação do marco regulatório brasileiro para estímulo ao mercado de risco.
Agenda em prol das pequenas empresas de alto impacto
Diretrizes de atuação do Sebrae para promover a geração e desenvolvimento de pequenas empresas de alto impacto. Entre elas:
- simplificar e diversificar os instrumentos de acesso a capital voltados a empresas do tipo;
- identificar demandas e oportunidades e induzir o desenvolvimento tecnológico;
- apoiar inserção dos pequenos negócios nas cadeias de valor;
- fortalecer atuação na articulação de mudanças regulatórias e jurídicas para melhoria do ambiente de negócio.
Leia o estudo para descobrir mais sobre o perfil das empresas e empresários de alto impacto, além de descobrir mais desafios e iniciativas do Sebrae para o setor.