Muitas pessoas consideram a tomada de um empréstimo como uma decisão arriscada. Muitas vezes quem precisa de empréstimo não tem certeza que terá recursos para quitá-los posteriormente. Mas a verdade é que a tomada de crédito de forma bem planejada, a juros baixos e com boas condições, pode servir para alavancar seu negócio ou até mesmo para dar o passo inicial da sua trajetória empresarial. Outro desafio, especialmente para pequenos empreendedores é conseguir a confiança da instituição financeira. Mas se os bancos tradicionais costumam dificultar a adesão e a liberação de crédito, a tecnologia vem trazendo novas maneiras de receber esse tipo de ajuda. Uma nova modalidade tem revolucionado o mercado financeiro. São as chamadas Fintechs, empresas que usam tecnologia inovadora para oferecer soluções na área de serviços valorizando sempre a experiência e necessidade do usuário. Mas como operam as Fintechs? O nome dessas empresas vem da união das palavras financial (finanças) e technology (tecnologia). Elas funcionam como bancos virtuais, sem agências físicas, onde todos os processos funcionam de forma on-line. Assim, pequenos empreendedores podem adquirir crédito de maneira simplificada e a juros menores do que os aplicados pelos bancos tradicionais. Toda a análise de crédito ocorre por meio de ferramentas digitais. Como acessar linhas de crédito por meio das Fintechs? No Brasil, existem diversas Fintechs em operação e o número só cresce. Somente a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) possui cerca de 300 empresas credenciadas. Por isso, são muitas modalidades e diversas formas diferentes de se acessar as linhas de crédito para empreendedores. Porém, o que todas buscam é disponibilizar crédito ágil e sem burocracia por meio de aplicativos e sites. Por essa política e essa postura inovadora no mercado financeiro, o setor apresentou um crescimento de mais de 350% entre 2015 e 2017. Basta buscar os nomes delas na internet e pesquisar quais delas tem condições mais atrativas para sua necessidade. As Fintechs são seguras? Sim! As Fintechs já são uma realidade no Brasil e no mundo e tem transformado a maneiro com que empreendedores lidam com o dinheiro, de forma mais segura e prática. Além disso, elas são legalizadas no país e são reguladas pelos três órgãos que atuam nesse segmento no Brasil. São eles: Banco Central (Bacen); Comissão de Valores Monetários (CVM); Superintendência de Seguros Privados (Susep). Mas, para garantir uma solicitação de crédito segura, conheça o curso que o Sebrae preparou para te ajudar a gerenciar as finanças da sua empresa. É gratuito! Com planejamento financeiro e o suporte das Fintechs, é possível levar sua empresa a outro patamar. Confira outras dicas do Sebrae de como montar o planejamento financeiro da sua empresa. Confira dicas de como montar o planejamento financeiro da sua empresa e se destacar nos negócios: Confira a melhor modalidade de crédito para o seu negócio acessando a lista com as principais fintechs que o Sebrae separou para você. Para saber mais sobre as Fintechs confira este vídeo preparado pela ABFintechs.
Uma gestão de custos de qualidade é onde começa seu sucesso financeiro! É muito importante que o empreendedor conheça o próprio negócio para não deixar, nas mãos de terceiros, cuidados essenciais como uma boa gestão de custos. O conhecimento do assunto auxilia o proprietário do negócio a ter uma boa gestão financeira, administrar e controlar os custos gerados na produção e comercialização de serviços ou produtos. O preço final de um serviço prestado ou produto vendido depende do quanto é investido para que ele exista. Quando não tem uma gestão de custos eficaz, a empresa pode cobrar valores que não condizem com a realidade, podendo prejudicar margens de lucro, volume de vendas ou o andamento geral do negócio. Como detalhar os custos do empreendimento? Primeiramente, é preciso ter em mente que os custos se dividem em variáveis e fixos. Os fixos são aqueles gastos rotineiros, como pagamento de contas, fornecedores, funcionários, aluguel, entre outros. Os custos variáveis correspondem a tudo o que é gasto para produzir ou comercializar o seu produto ou serviço como por exemplo, os impostos sobre mercadoria e comissões de vendedores. Procure fazer um registro de todos os gastos, para que seja possível identificar investimentos desnecessários e outros que mereçam uma atenção especial, por resultarem em maior qualidade ou volume de vendas. Estabelecer um calendário ou tabela de metas mensais ajuda a controlar os gastos, tanto fixos quanto variáveis. O controle de gastos é essencial para fornecer as informações necessárias sobre a rentabilidade e desempenho das atividades da empresa. Além disso, essa gestão auxilia o planejamento, controle e desenvolvimento das diversas operações da empresa. O que é uma boa gestão de custos? Sem dúvidas, ter um controle de custos eficiente se tornou uma medida certa para a manutenção da saúde organizacional de uma empresa. Quando mal feito, invariavelmente interfere nos resultados planejados e implica em possível queda de produtividade. Mas, afinal, como podemos medir se estamos executando uma gestão eficaz? Um bom controle depende de disciplina. Se sua equipe de gestão tiver a capacidade de analisar constantemente os procedimentos financeiros, detalhá-los em planilhas e registros organizados e souber pescar oportunidades de investimentos para que sua empresa possa crescer de forma sustentável, podemos chegar à conclusão que sua empresa está realizando um controle de qualidade. De qualquer forma, o aconselhável para um bom início é seguir as regras básicas de organização e análise. Se seguidos com qualidade, o caminho mais provável será o de desenvolvimento e capacidade de gerir os números de sua empresa. Controlando e analisando, sua empresa só tem a ganhar Se a sua empresa investir em gestão de custos eficaz, provavelmente gastará menos e lucrará mais. Com os dados obtidos durante esse levantamento rotineiro, é possível conseguir informações valiosas que influenciarão diretamente na tomada de decisões. Não importa o valor, vale registrar tudo o que entra e sai da empresa. Assim, fica mais fácil atingir o crescimento almejado. Saiba mais: Conheça os cursos online do Sebrae, utilize o filtro de "Finanças" para selecionar cursos sobre o assunto.
A administração financeira é um dos aspectos mais importantes para a sobrevivência de um negócio. A melhor forma de se fazer isso é conhecer os indicadores financeiros, pois são eles que ajudam a entender a saúde financeira do seu negócio. Um dos indicadores essenciais para acompanhar são os índices de liquidez, que ajudam a entender se a sua empresa conseguirá honrar as obrigações e as dívidas ou se terá problemas para quitar os compromissos. Mas o que seria liquidez? A liquidez é a capacidade de converter um ativo em dinheiro. Se algo tem alta liquidez, significa que tem facilidade de ser vendido, logo, de transformar-se em dinheiro. Por exemplo, no mercado financeiro, os ativos são as ações; no mercado imobiliário, um apartamento. Para você, qual desses ativos tem maior liquidez? As ações, correto? Pois é mais fácil vender uma ação (mesmo que perca valor em um momento negativo para o mercado) do que um apartamento. Para a empresa, a situação ideal é uma conversão que seja rápida, pois quanto maior for a velocidade dessa troca, melhor será o resultado. Preste atenção! A empresa que administra bem seu fluxo de caixa e mantém seus compromissos em dia tem alta liquidez. A empresa que tem grande endividamento e pouca capacidade financeira é considerada de baixa liquidez. Tipos de liquidez Além de auxiliar na saúde financeira, os indicadores de liquidez avaliam a credibilidade da empresa ante o mercado. Eles também visam medir a habilidade de uma empresa para cumprir as obrigações assumidas. Quer saber quais os tipos de liquidez? Liquidez corrente: demostra a capacidade do negócio de quitar todas as dívidas que vencerão no curto prazo (normalmente até um ano) com ativo circulante, que são os bens e direitos de uma empresa que podem ser convertidos no curto prazo, o que inclui o caixa, as contas em movimento, o estoque e as aplicações financeiras. Ou seja, quanto maior o índice, melhor para o negócio. Sua fórmula é LC = ativo circulante ÷ passivo circulante (dívidas como contas a pagar e impostos, que devem ser pagos no curto prazo). Liquidez seca: é semelhante à corrente, porém exclui o que está em estoque, o que, muitas vezes, gera a falsa ideia de liquidez. É esse cálculo, entretanto, que revela se a empresa depende de estoque e de outros itens para demonstrar liquidez. Pelo fato de ser um índice mais rigoroso, no cálculo do ativo, o índice de liquidez seca será sempre menor que o índice de liquidez corrente. Seu cálculo é: LS = ativo circulante – estoques – despesas antecipadas ÷ passivo circulante. Liquidez imediata: também denominada de absoluta, demonstra se a empresa é capaz de honrar os seus compromissos somente com o que tem disponível. O cálculo é: LI = disponível ÷ passivo circulante. Digamos que a empresa tenha R$ 100 mil disponível e passivo circulante de R$ 120 mil. Logo, a LI é de 83%, ou seja, a empresa tem de imediato cerca de 83% do valor necessário para pagar todas as suas obrigações de curto prazo. Liquidez geral: é utilizada para se verificar a capacidade da empresa de honrar suas obrigações no curto e longo prazos. Nesse cálculo, o gestor pode definir se o negócio, nos últimos anos, tem perdido ou ganhado liquidez. A fórmula é simples: Liquidez geral = (ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo não circulante). Ganhe tempo e cuide do que é seu Anote qualquer (qualquer mesmo!) cálculo que fizer – em caderno, planilha ou software adequado. O importante é sempre lembrar de registrar todas as entradas (recebimentos) e saídas (gastos) para não errar na hora de calcular a capacidade de pagamento, seja para mais, seja para menos. A capacidade de pagamento de uma empresa é uma estimativa baseada no seu histórico de recebimentos e gastos. Portanto, se o gasto aumentar ou diminuir seu recebimento, ou aumentar sua inadimplência, sua capacidade de pagamento também irá diminuir. Por isso, é essencial o acompanhamento do fluxo de caixa da sua empresa. Importante! O recomendado é que toda empresa consulte sobre a situação financeira dos seus consumidores, fornecedores e parceiros comerciais em potencial. Uma dica simples e prática é fazer isso por meio da plataforma Consulta de CPF e CNPJ. Na plataforma, é possível verificar se a pessoa ou a empresa com quem você está negociando tem histórico de honrar seus compromissos financeiros ou se tem dívidas. Outra possibilidade é conhecer o score de quem está negociando. Essa “nota” mostra se existe a possibilidade de a pessoa física ou jurídica pagar suas contas nos 12 meses seguintes. Essa informação é importante para se reduzirem as chances de calotes e inadimplências. A solução ajuda a evitar riscos mais altos em diferentes situações, desde o fechamento de um contrato até a venda da empresa. Ter essa cautela é a melhor alternativa para manter seu negócio financeiramente estável. Quer saber mais sobre o Score de Crédito? Assista ao vídeo da Serasa Experian! Lembre-se! Se a capacidade de pagamento da sua empresa está comprometida, entre em contato com o Sebrae, por meio dos canais de atendimento, tanto online, quanto presencial, e veja as soluções que podem auxiliar na gestão financeira da sua empresa.
O fluxo de caixa é o movimento de entrada e saída de recursos financeiros da empresa. Quando a entrada de recursos é maior do que a saída, o saldo é positivo, caracterizando uma situação superavitária. Por outro lado, quando a saída de recursos é maior do que a entrada,é deficitária. O fluxo de caixa tem uma característica temporal, pode ser diário, semanal, mensal ou anual, e traz componentes de projeção ou estimativa. É importante considerar os saldos de ciclos anteriores para compor as disponibilidades (ou indisponibilidades) nos ciclos posteriores. O fluxo de caixa é uma das mais importantes ferramentas de gestão financeira de uma empresa. Visa demonstrar e também projetar, em períodos futuros, o resultado de todas as entradas e as saídas de recursos financeiros em regime de caixa (e não contábil). Ele permite ao empresário lançar suas contas a pagar e seus direitos a receber, além de estimativas de receitas e despesas, apurando assim o saldo disponível ou mesmo indisponível, permitindo medidas antecipadas de gestão. É um poderoso instrumento gerencial na antecipação de problemas de liquidez e endividamento, sintomático de rentabilidade, lucratividade e eficácia empresarial. Quanto maior for a proximidade entre a projeção do fluxo de caixa e o efetivamente realizado, maior será o conhecimento do empresário sobre seu negócio. O fluxo de caixa deve ser utilizado como controle e, principalmente, instrumento na tomada de decisões. O empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa. Com as informações, é possível elaborar a estrutura gerencial de resultados e a análise de sensibilidade, calcular a rentabilidade e a lucratividade, entre outros pontos. Manter as contas em dia é muito importante para a saúde do negócio e para poder planejar uma gestão empresarial eficiente. Use a planilha que o Sebrae preparou para ajudar a organizar as contas do seu negócio. Entenda como fazer o fluxo de caixa Baixe a planilha do fluxo de caixa
À medida que um pequeno negócio cresce, naturalmente aumenta a complexidade de sua administração. O empresário, que antes fazia tudo praticamente sozinho, começa a sentir a necessidade de dividir tarefas, contratar mais pessoas e até mesmo ter outros sócios. Nesse universo de atividades, uma tarefa requer especial atenção: a gestão financeira.
A gestão de estoque é um dos pilares para o sucesso de qualquer empresa. Com um controle eficiente, todos os processos internos são otimizados e, assim, as empresas conseguem minimizar custos, aprimorar o relacionamento com o cliente e ampliar seus negócios. Existem inúmeras formas de examinar e analisar o estoque. Hoje você aprenderá o método da curva ABC. Para começar, vamos entender os tipos de estoque. Eles podem ser: De insumos; De produtos intermediários; De produtos acabados. Nesse cenário, os estoques de insumos e de produtos intermediários são necessários para que os produtos acabados sejam confeccionados. Eles correspondem aos artigos finalizados, prontos para serem comercializados. Dessa forma, a estratégia da curva ABC pode ser utilizada por qualquer empresa. Aqui, porém lhe daremos um exemplo prático de como ela pode ser aplicada ao estoque de produtos finalizados. Vamos lá? Por que dividir os produtos em A, B e C? Esse processo serve para classificar os produtos do seu estoque naqueles mais e menos relevantes. Com isso é possível maximizar ganhos e diminuir perdas. Como definir quais são os produtos A, B e C? Primeiro, você precisa definir como vai classificar os produtos em A, B e C. Existem algumas possibilidades. Aqui vamos mostrar duas: Pelo valor do faturamento; Pelo valor do lucro bruto. Em seguida, é preciso definir que, para o grupo de produtos ser considerado como A, ele precisa representar 75% ou mais do valor do critério. Os do grupo B, por sua vez, correspondem a 76% a 95%. E, por fim, os demais ocupam o grupo C. Separamos 15 produtos para utilizar como exemplo para você entender melhor: Produtos Abacate; arroz; banana; bolacha; café; farinha; feijão; laranja; leite; maçã; ovo; pão; refrigerante; sorvete; torta. Exemplo de classificação ABC pelo valor do faturamento No primeiro exemplo, os produtos do grupo A, de acordo com o critério de faturamento, são: café, arroz, feijão e farinha, que acumulam 77% do valor total. Já os produtos do grupo B são pão, refrigerante e ovo, sendo os demais alocados no grupo C. Exemplo de classificação ABC pelo valor do lucro bruto No segundo exemplo, os produtos A são: café, pão e farinha, que acumulam 75% do lucro bruto total. Já os produtos do grupo B são: ovo, arroz, feijão e refrigerante. Os demais ficam no grupo C. Após analisar os dois exemplos, é fundamental que você perceba que os produtos, as quantidades vendidas e o preço de venda foram os mesmos, ou seja, o que mudou foi o critério. O primeiro utilizou o valor do faturamento, enquanto o segundo utilizou o valor do lucro bruto. Se o que você, empresário, está buscando é identificar os itens mais vendidos, você deve utilizar o critério de valor do faturamento. No entanto, se quer saber quais os mais lucrativos, o melhor é empregar o critério de lucro bruto. Como utilizar a classificação ABC para maximizar ganhos? Após classificar os produtos do estoque, você saberá quais são os mais vendidos e os mais lucrativos e, assim, poderá maximizar os seus ganhos. Veja, a seguir, três exemplos de como utilizar essa informação: Defina compradores para os produtos A, B e C Geralmente, os produtos A são poucos. Por isso, o comprador pode negociá-los e conseguir melhores preços e condições. O comprador dos produtos C, em contrapartida, não pode lhes dedicar tanta atenção. Isso, porém, não atrapalha o resultado da empresa, uma vez que o impacto que os produtos C têm sobre os resultados da empresa é pequeno. Realize campanhas de vendas Use os produtos B, que têm o potencial de se tornarem A, como brindes e degustação. Teste novos produtos Deixe de comprar produtos C menos vendidos ou lucrativos e busque novas opções que podem trazer mais retorno. Lembre-se! O critério de classificação de produtos em ABC, apesar de poderoso, utiliza informações antigas como fonte. É por isso que você, empresário, deve ficar atento às novas tendências e a datas comemorativas, como o Natal, em que itens específicos são ofertados por um período definido de tempo. Quer saber mais sobre a importância do controle de estoque? Leia este outro artigo do Sebrae.
Todo empreendedor enfrenta desafios diários. Entre os mais importantes está a gestão de estoque e compras. Quanto adquirir de cada produto? Como organizar um orçamento que evite desperdícios e que garanta que não faltem insumos e mercadorias no dia a dia da empresa? Alguns negócios fazem compras diariamente, enquanto outros optam por esquemas semanais ou mensais. E há também aqueles que preferem garantir insumos para todo o semestre ou mesmo para o ano inteiro, complementando o estoque quando necessário. Algumas frases conhecidas tentam dar o melhor caminho, como “compre a maior quantidade possível para economizar no frete” ou “só compre o essencial, sem desperdícios”. Essas inúmeras estratégias tradicionais, contudo, são muitas vezes replicadas sem se parar para pensar nas reais vantagens – ou desvantagens – de serem adotadas. Portanto, empreendedor que ainda tem dúvidas sobre quanto comprar de cada produto e com qual frequência realizar as reposições, este artigo é para você. Tipos de estoque Existem algumas formas de classificar o estoque. Conheça algumas: estoque de reserva; estoque consignado; estoque sazonal; estoque terceirizado; estoque inativo. O importante aqui, porém, não é classificar o estoque levando em conta suas especificidades, mas sim sua finalidade. Dessa forma, vamos separá-lo em dois grupos: Estoque de insumos, também chamado de estoque de matérias-primas O estoque de matérias-primas existe para manter o fluxo de produção. Muitas vezes, basta faltar um insumo para comprometer toda a produção e acarretar prejuízo financeiro para a companhia. E não são somente as fábricas que se encaixam nesse perfil; empresas de serviços também podem ser afetadas. Um salão de beleza sem xampu ou esmaltes, por exemplo, tende a ter suas vendas seriamente afetadas. Estoque de produtos acabados, também chamado estoque de produtos prontos para venda ou estoque de comercialização A falta de estoque de produtos prontos para comercialização também gera prejuízos financeiros para a empresa, pois ela poderá perder vendas por não ter o produto disponível. Saiba mais sobre gestão de estoque com este artigo do Sebrae Quanto comprar? Para saber quanto comprar, devemos primeiro dimensionar a quantidade necessária de cada produto. É aqui que há uma pequena diferença entre os estoques de insumos e de produtos acabados. O de insumos deve levar em consideração: quantidade do insumo em estoque; quantidade necessária do insumo; tempo de entrega do fornecedor; espaço disponível para armazenagem; data de validade do insumo, no caso de perecíveis. Já no caso de produtos acabados, devemos levar em consideração: expectativa de vendas (por vezes é bastante incerta); quantidade existente do produto acabado; data de validade do produto; espaço disponível para armazenagem. Produção e expectativa de vendas O setor de produção deve estar atento à expectativa de venda, que varia em determinados períodos do ano. Existem casos em que a produção deve aumentar meses antes da venda, para atender a uma alta demanda sazonal, como a da Black Friday e do Natal, por exemplo. Por outro lado, um restaurante geralmente confecciona seu produto minutos antes do consumo e, por isso, não há porque se planejar com tanta antecedência, até porque muitas das matérias-primas utilizadas podem ter prazos curtos de validade. Exemplo ilustrativo Abaixo segue um exemplo que descreve a gestão de estoque e o orçamento de compras de um restaurante self-service, mas que também pode ser usado como modelo adaptável ao seu negócio. Confira: Restaurante self-service Imagine um restaurante self-service que esteja planejando suas compras. É preciso adquirir os seguintes insumos: carnes, grãos, folhas, legumes e vegetais e bebidas. Faremos o planejamento ponderando um futuro de uma a quatro semanas. Vamos preparar o orçamento de compra Carne: quantidade existente em estoque: 50 kg; espaço disponível para armazenagem: 500 kg; quantidade necessária do insumo (por semana): 50 kg; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do insumo: 6 meses. Nesse caso, como há espaço disponível para armazenar o insumo, o prazo de validade permite estocá-lo por até 6 meses e a entrega é semanal, podemos comprar 50 kg de carne, suficiente para uma semana, ou 200 kg de carne, suficiente para um mês. Grãos: quantidade existente em estoque: 200 kg de arroz e 250 kg de feijão; espaço disponível para armazenagem: 1.000 kg de grãos; quantidade necessária do insumo por semana: 100 kg de arroz e 100 kg de feijão; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do insumo, no caso de insumos perecíveis: 12 meses. No caso dos grãos, a data de validade permite fazer um estoque grande, mas o espaço para armazenamento é limitado. Como a entrega é realizada toda semana, a quantidade atual de arroz e feijão é suficiente. Contudo, caso deseje comprar o suficiente para um mês, basta completar o estoque até atingir 400 kg de arroz e 400 kg de feijão. Folhas, legumes e vegetais: quantidade existente em estoque: 5 kg de folhas e 40 kg de legumes e verduras; espaço disponível para armazenagem: 600 kg de folhas, legumes e vegetais; quantidade necessária do insumo por semana: 10 kg de folhas e 50 kg de legumes e verduras; tempo de entrega do fornecedor: 3/4 dias; data de validade do insumo, no caso de insumos perecíveis: 4 para folhas e 10 dias para legumes e verduras. Neste caso, a data de validade não permite fazer um estoque superior a quatro dias para as folhas e dez para os legumes e verduras, apesar de haver espaço para armazenamento. Como a entrega é realizada duas vezes na semana, podemos comprar 5 kg de folhas na segunda e 5 kg na sexta, suficientes para atender à necessidade com uma pequena sobra, e 50 kg de legumes e vegetais uma vez na semana ou 25 kg duas vezes na semana, quantidade igualmente suficiente para atender à demanda. Bebidas: quantidade existente em estoque: 50 do refrigerante A, 40 do B e 30 de suco C; espaço disponível para armazenagem: 800 latas; quantidade necessária por semana: 200 do refrigerante A, 120 do B e 80 de suco; tempo de entrega do fornecedor: 7 dias; data de validade do produto: 12 meses. Diferentemente da carne, dos grãos, das folhas, dos legumes e dos vegetais, as bebidas em lata não são insumos, são produtos acabados. A lógica, porém, é a mesma: a data de validade e o espaço permitem fazer um estoque superior a duas semanas e até superior a um mês. Como a entrega é realizada uma vez a cada sete dias, podemos comprar 100 latas do refrigerante A, 60 do B e 40 de suco, suficiente para duas semanas, ou 200 do A, 120 do B e 80 de suco, suficientes para quatro semanas. Orçamento de compra Agora que já temos a quantidade semanal necessária de insumos e produtos, basta adicionar o valor de compra de cada e multiplicar pelo preço de compra, conforme ilustrado abaixo (orçamento para uma semana e para um mês): Observações sobre o exemplo acima: Como a entrega demora uma semana (7 dias), a quantidade existente será consumida até que as novas compras sejam entregues. Sempre compre com uma semana de antecedência, à exceção das folhas; As folhas, por serem muito perecíveis, devem ser compradas duas vezes na semana. O valor do seu orçamento semanal e mensal não sofre alteração, apenas a quantidade de compras e entregas. Para informações sobre capital de giro para manter seu negócio funcionando e custear as suas compras, leia o artigo que preparamos para você.
O capital de giro é composto pelos recursos (dinheiro, crédito, estoques etc.) que são necessários para bancar a liquidez, isto é, possibilitar que a sua empresa continue funcionando. Por que é tão importante? O capital de giro garante a saúde financeira da empresa, proporcionando: Oferecer financiamento aos clientes (nas vendas a prazo); Manter os estoques; Pagar fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma das despesas e contas a pagar.
O momento atual exige dos empreendedores um alto nível de controle sobre as suas finanças especialmente porque os eventos decorrentes da pandemia do coronavírus podem trazer inúmeras implicações para os negócios, tais como: a redução no movimento de clientes, a queda no faturamento, a impossibilidade do comparecimento de funcionários em seus postos de trabalho, a redução da produção, dentre outros. Por isso, o gerenciamento das finanças tem de ser visto como uma obrigação do empresário, agora mais do que nunca. No entanto, a realidade mostra que é muito comum empreendedores cometendo uma série de erros simples por uma falta de planejamento e análise financeira da sua empresa. Entre essas falhas cometidas pelos empresários, as mais comuns são: confusão entre o patrimônio individual e empresarial; falta de planejamento financeiro; e contração de dívidas sem a previsão de receitas. É importante aproveitar esse momento para replanejar o destino da sua empresa. Caso não tenha um planejamento detalhado, que contemple todas as metas, objetivos e os planos de ação que devem ser desenvolvidos, proceda à elaboração do seu planejamento. Nessa página você pode ter acesso a planilhas que facilitam seu planejamento financeiro. Como se preparar para superar esse momento de crise? 1. Preveja o cenário Primeiramente, faça um levantamento das despesas previstas para os próximos três meses, separando os valores de acordo com o tipo de despesa. Veja o quadro exemplificativo abaixo: 2. Analise suas despesas Observe que, ao se conhecer as despesas a serem pagas nos próximos meses, o empreendedor encontrará mais facilidade para definir as ações corretivas, priorizando as despesa com maior impacto nos negócios e que sejam passíveis de negociação. No exemplo acima, as despesas relativas a aluguel e materiais para produção são as que mais impactam no negócio. 3. Ajuste os gastos Com uma possível redução no faturamento, o empreendedor deve ajustar suas despesas de acordo com essa situação, tomando as seguintes providências: Negocie com os fornecedores um aumento nos prazos de pagamento dos seus compromissos. Se tiver dívidas com instituição financeira procure renegociar visando também aumentar o prazo de pagamento, adequando o valor pago por mês ao seu faturamento. Evite fazer alguma despesa que não seja extremamente necessária para a continuidade dos negócios. 4. Busque formas alternativas de faturamento O empreendedor pode também tomar providências para aumentar o seu faturamento, tais como: Fazendo promoção de produtos que estão há muito tempo em estoque. Disponibilizando serviços de entrega para manter o nível de compra dos clientes. Diversificando e ampliando as formas de pagamento. Implementando estratégia de divulgação dos seus produtos por meio do marketing digital: facebook, whatsapp, instagram, etc. 5. Atente ao Fluxo de Caixa Realize a gestão do fluxo de caixa da empresa, considerando as receitas e despesas previstas para não correr o risco de não ter dinheiro para pagar seus compromissos. Baixe a planilha Fluxo de Caixa e veja um exemplo:
Em momentos de incerteza econômica, é essencial que o empreendedor “arrume a casa” e organize todos os processos gerenciais do negócio. O coração desses processos gerenciais é a gestão financeira. Uma boa gestão financeira permite ao administrador conhecer a atual situação da sua empresa a partir de indicadores econômicos, obtendo dessa forma dados consistentes para projeção de cenários com o objetivo de manter os ganhos da empresa e honrar os compromissos assumidos com terceiros. Os controles financeiros são os principais componentes da gestão financeira. Em momentos de crise, tão importante quanto controlar as obrigações já existentes é evitar a contração de novas dívidas. Essas ferramentas podem ajudar você a atravessar a crise sem que as contas saiam do controle. Neste conteúdo da série Negócio na prática, a especialista em pequenos negócios Érika dos Santos ensina algumas dicas para que você possa ter controle financeiro sobre o seu empreendimento.
Oportunidades geradas durante a pandemia
Como reduzir impactos e conservar a estabilidade da sua empresa