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Wed Jan 04 12:52:55 BRST 2017
Empreendedorismo | EMPRESA
Sucessão Empresarial na Micro e Pequena Empresa

A passagem de bastão no revezamento do comando nas MPE

· 04/01/2017 · Atualizado em 04/01/2017
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Há algum tempo você teve uma ideia: vou montar meu próprio negócio! Pensou, relutou, mas decidiu transformar essa ideia em realidade e, assim, nasceu sua empresa.

Encontrou dificuldades como recursos escassos, lidar com clientes, fornecedores e empregados. Estes obstáculos iniciais o fizeram se capacitar, buscar instituições que lhe proporcionasse melhores condições de gestão e conhecimento, fazendo você viver situações que estavam, até então, longe do seu dia a dia.

Durante os anos que se passaram você consolidou seu nome, o nome de sua empresa e de seus produtos. Mas, e agora? O que vai acontecer com minha empresa?  Como posso passar meu legado adiante? Quem vai assumir a empresa, dando continuidade e melhorando-a ainda mais? Como deve ser feita essa sucessão? Como devo passar o bastão ao próximo comandante da empresa? De onde ele virá?

Estas perguntas só são lembradas pelos empresários de micro e pequenas empresas quando ele já está próximo da sua aposentadoria, mas deveria vir o quanto antes visando proporcionar a possibilidade de transição do legado com o menor esforço e conflitos possíveis.

  • Mas o que é sucessão?

Sucessão é a passagem do poder entre a atual geração de dirigentes e a que está chegando, proporcionando, desta forma, a perpetuação da empresa e o seu legado.

A sucessão empresarial pode ser dividida em dois grupos: sucessão corporativa e sucessão familiar. A sucessão corporativa acontece quando a empresa busca, entre seus colaboradores, sucessor para os dirigentes que estejam saindo. Já para a sucessão familiar, um ente familiar é selecionado para sucessão. 

  • Questões Legais

Antes de entrarmos no nosso assunto é importante salientar que a sucessão deve estar prevista no contrato social da empresa, principalmente quando é uma empresa em sociedade, e mesmo quando essa sociedade for familiar.

Este procedimento oferece segurança e legitimidade ao sucessor.

  • Empresas familiares

Alguns dados interessantes: segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, até setembro de 2015, 57% das micro e pequenas empresas, em média, possuem parentes entre seus sócios e/ou empregados/colaboradores (com ou sem carteira assinada), sendo que no Nordeste esse percentual chega a 52%. Desta forma, a possibilidade do sucessor ser da família é muito grande.

Com esses percentuais, a entrega da sua empresa para alguém de sua família, que manterá acessa a chama do negócio, é muito grande.

Pensando nisso, é importante que o empresário busque o quanto antes estratégias para transição sucessória, dando continuidade a empresas com elementos de sua família. Essa sucessão deve ser trabalhada com um tempo de maturação, lembrando que o empresário sucedido também deve ser preparado a passar o bastão.

Abaixo, seguem 8 dicas que todo empresário de micro e pequena empresa deve pensar para uma sucessão sem traumas:

1. Planeje a Sucessão

Mesmo com a certeza de uma sucessão futura, nem todos os empresários, principalmente de micro e pequena empresa, consideram preparar a empresa, o sucessor e ele próprio para esse momento. Em muitos casos, consideram algo tão distante que deixam esse fato em segundo plano e, quando menos esperam, estão às portas da sucessão, e ai, as chances de insucesso são muito grandes.

2. Identificando o sucessor

Dentre os seus familiares sempre há um ou mais que demonstra interesse maior pela empresa, busca informações e soluções. Esse pode ser um forte candidato. Sendo assim, traga-o para a empresa, para que logo cedo ele entenda o legado que você irá deixar

3. Prepare o sucessor para a empresa

Não prepare uma empresa para ser sucedida. Prepare um sucessor para sua empresa. Essa frase é interessante, principalmente, quando se trata de micro empresa familiar. Nós, latinos, temos a cultura de preparar uma boa vida para nossos filhos e ai, esquecemos que é ele quem deve estar preparado para a vida.

Com esta visão, fazemos de tudo para que a vida de nossos filhos seja a mais confortável possível, e esquecemos que o nosso sucesso veio dos intemperes por nós sofridos.

Desta forma, o sucedido deve preparar o sucessor e não a empresa.

4. Faça-o(a) compreender a empresa

Faça com que o escolhido se misture com os funcionários, entenda o processo e a sistemática da empresa. Faça-o passar pelos setores para que ele entenda  quais as contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa e estoque.

5. Capacitação/atualização

Invista em conhecimento teórico, faculdade, cursos de aperfeiçoamento em instituições especializadas, mas sem deixar de lado o conhecimento prático que ele deve adquirir no dia a dia de sua empresa. A soma desses dois processos trará inovação ao negócio

6. Participação em tomadas de decisões

Faça-o participar de negociações, compras e decisões importantes. Ouça-o e busque sincronizar os pensamentos dele ao modelo de gestão da empresa. Esse procedimento enriquece a tomada de decisão, assim como fortalece o sucessor.

7. Desapego ao Poder

O empresário que está passando o bastão deve buscar se desapegar do comando, de forma gradual, porque umas das maiores dificuldades do empresário, principalmente de MPE, é se desprender daquilo que levou muito tempo de sua vida para construir, mesmo sabendo que é necessário.

8. Mitigação de Conflitos Familiares

Um dos aspectos a serem observados é a possibilidade de uma disputa interna familiar sobre o controle da empresa, por isso a antecipação pode mitigar muitos desses problemas uma vez que a definição do sucessor se dá com os demais herdeiros em comum acordo, assim como os demais sócios se houver.

  •  Conclusão

            Segundo pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2015, o Brasil possui aproximadamente 52 milhões de brasileiros abrindo seus próprios empreendimentos ou conduzindo negócios já instalados. E a preocupação principal desses empreendedores está na relação entre abertura, oportunidades para crescimento e maturidade das empresas.

Por isso, é bom ressaltar que a falta de sucessor é um dos fatores de mortalidade das Micro e Pequenas Empresas no país. Precisamos quebrar paradigmas quanto a transferência da titularidade da empresa para a nova geração. A sucessão na empresa proporciona também uma forma de inovação, que associada aos objetivos do seu criador, contribui, sobre maneira, ao sucesso de uma marca, proporcionando êxitos futuros e expansão do negócio, transformando-o quem sabe em média ou grande empresa.

Por Cleto Paixão, analista do Sebrae em Pernambuco


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