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Empreendedorismo | APRENDIZAGEM
Como transformar sua empresa em uma scale-up

"Empreender é um ato de coragem. Mas, no meu caso, foi motivado por uma grande fobia", conta Alessandro Garcia, fundador da Sólides.

· 31/10/2017 · Atualizado em 24/10/2022
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Os nossos maiores medos podem se transformar nos nossos maiores aliados. Sempre que a falta de confiança na nossa capacidade surgir durante a jornada como empreendedor, é importante voltar os pensamentos para as nossas qualidades, pois oportunidades podem surgir desse modo. E foi exatamente isso o que aconteceu com Alessandro Garcia, empreendedor que nos conta um pouco sobre sua experiência a seguir.

Sempre fui muito introvertido, desde criança. Quando eu tinha 16 anos, bem na época de entrada no mercado de trabalho, encontrava todos os entraves comuns a uma pessoa extremamente introvertida. Cheguei a ser diagnosticado com síndrome da fobia social.

Hoje, percebo como esse momento da minha vida foi determinante para o negócio que acabei montando: a Solides, empresa especializada em identificar perfis comportamentais usados em processo de contratação, gestão e desenvolvimento de pessoas.

Até porque, quando comecei, meu campo de empreendimento era totalmente diferente: o de AgriTech (software para o agronegócio). Isso foi lá atrás, quando tinha menos de 20 anos e comecei a desenvolver um software para gestão de bovinos.

Deixando a fobia

Ainda aos 16 anos, tive contato com uma ferramenta norte-americana de mapeamento de perfil. O relatório tinha poucas páginas, mas foi suficiente pra me acender uma centelha de autoconhecimento e identificação dos meus potenciais.

A partir daquele momento, comecei a estudar sobre comportamento enquanto fazia meu curso superior de Estatística. Entendendo mais sobre minhas forças e fraquezas, fui me orientando profissional, social e academicamente.

O autoconhecimento me levou ao ponto de criar uma empresa, vender o serviço e conseguir clientes. Que fóbico social faz isso?

Do limão, uma limonada

Mas voltemos à agropecuária: o software de gestão ficou pronto e acabou dando certo. Montamos uma empresa que evoluiu bem, e a solução tornou-se um dos três maiores e mais vendidos softwares do Brasil de agropecuária.

O problema é que o mercado era muito limitado. Não havia tanto interesse por parte dos criadores por uma tecnologia assim. E, de minha parte, eu sentia necessidade de criar um software realmente impactante para mapeamento de perfil comportamental.

Então, prossegui com a pesquisa e desenvolvimento de uma ferramenta de análise comportamental, até chegar a um produto que considerei satisfatório. Recorremos à UFMG para validá-lo e o nível de acuracidade foi de 97,9%. Conclusão: estava na hora de colocá-lo no mercado.

Fizemos isso rapidamente e começamos a captar clientes também rapidamente. A ponto de, dois anos depois, o que configurava um mercado paralelo – uma spin-off – tornou-se o negócio principal. Quanto ao software de pecuária, nós o vendemos para as pessoas que trabalharam conosco com uma condição especial de pagamento: a geração de caixa do próprio produto. Foi uma forma de reconhecer quem estava ao nosso lado desde o começo e também de resolvermos o problema de atuar em dois mercados completamente diferentes.

A partir dali, começamos a centrar todos os nossos esforços no segmento de Recursos Humanos. Criamos um portal de RH que hoje tem 300 mil assinantes e nos trouxe excelente visibilidade. O problema, naquele momento, eram as estratégias de venda: eram muito antigas e, hoje percebo, não tão efetivas. De 2009 até 2014, crescíamos numa média de 38% ao ano.

Mas sempre tive cabeça de estatística e, por isso, o nosso crescimento costumava ser totalmente linear. Esse mindset só começou a mudar quando participamos de dois programas: Scale-Up Endeavor e um curso de Stanford. Foi importante porque começamos a conhecer outros modelos de vendas e reparamos que dava para crescer de forma exponencial. Quer dizer: que dava para escalar.

Voo de galinha ou de unicórnio?

Hoje, temos o objetivo de ser um “unicórnio” brasileiro (startups unicórnios são aquelas com valuation igual ou superior a US$ 1 bilhão).

Essa mudança de pensamento foi crucial, porque deixamos de construir uma empresa somente para subsistência para criar um legado profissional.

Desde então, passamos a rever o modelo de vendas e de marketing, que também era muito antigo. Por exemplo, tínhamos um blog com milhares de assinantes, mas não exploramos o marketing de conteúdo. Nosso modelo de vendas, até então, era por contratação de teste e não por recorrência.

Passamos, então, a fazer inbound marketing e instituímos o modelo de vendas por assinatura. Mudamos totalmente a abordagem de marketing e passamos a evangelizar o público, trabalhando a relevância da ferramenta ao invés de promoções pontuais.

Crescimento de arregalar os olhos

Baseada em Belo Horizonte, a startup tem como posicionamento "Tudo que o RH da PME precisa em um só lugar", e a missão de "Transformar as empresas através das pessoas".

Hoje, são mais de 600 colaboradores e mais de 20.00 clientes. Recentemente, foram captados R$530 milhões na Série B com a Warburg Pincus e a empresa tem crescido bastante no mercado nacional.  

Sabemos também da nossa responsabilidade em devolver ao mundo aquilo que ganhamos. Por isso, criamos um projeto que já ajudou mais de 30.000 jovens de baixa renda no desenvolvimento pessoal para entrada no mercado de trabalho, promovendo o mesmo impacto que eu vivenciei quando adolescente. Os feedbacks são de encher o coração de alegria. E isso acontece também com colaboradores das empresas que atendemos.

Diante desses números, hoje tenho duas certezas. A primeira é a de que meu Day1 aconteceu no exato momento em que aquela ferramenta de autoconhecimento me ajudou a enxergar algo em mim que nem eu mesmo era capaz de ver.

E a segunda certeza, que se fortalece a cada dia, é a de que vamos transformar as pessoas por meio do autoconhecimento, potencializando o aumento de produtividade nas empresas. Independentemente do crescimento, sei que ainda há muito, muito trabalho pela frente. Mas o sonho é grande o bastante para que a gente não desista de realizá-lo.

Autor: Alessandro Garcia, fundador da Solides e empreendedor apoiado pelo programa Scale-up Endeavor Minas Gerais 2017

Conteúdo feito em parceria com a Endeavor Brasil.


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