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Finanças | PAGAMENTO
O mercado de cartões de crédito e débito

Conheça as particularidades e as principais características dos mercados de cartões de crédito e débito.

· 26/12/2013 · Atualizado em 10/02/2023
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A importância dos cartões de pagamento nos negócios em geral fica evidente quando se observa o forte crescimento no número de cartões de crédito e débito. Os cartões emitidos até junho de 2011 superam o número 420 milhões de unidades.

Naturalmente, nem todos se encontram ativos, porém nota-se que as emissões crescem de forma representativa nos últimos cinco anos (67%), fato que demonstra o interesse do público em geral nessa forma de pagamento, sobretudo pelas vantagens que ela oferece (praticidade e prazo de pagamento).

Os cartões de crédito cresceram proporcionalmente mais do que os de débito. Entre junho de 2006 e junho de 2011, os cartões de crédito cresceram 125%, enquanto os de débito evoluíram perto de 43%, de acordo com pesquisa realizada pela Abecs - Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços.

Mais uso do cartão

O resultado demonstra o maior interesse do público em geral e dos emissores de cartão (instituição financeira) em ampliar o crédito para consumo. Esses dados sinalizam para os empresários que os clientes tendem a comprar pelo cartão de crédito (em uma ou mais parcelas), o que exige do empreendedor estratégia de capital distinta das vendas pelo cartão de débito em que o valor da venda é creditado no dia seguinte.

Outro aspecto que sobressai nos cartões de crédito é o valor médio das operações. As vendas unitárias pagas com cartão de crédito são, em média, 92% superiores às realizadas com cartão de débito. Isso sinaliza para os empresários que, embora o uso de cartões de crédito exija mais capital próprio para os parcelamentos, eles oferecem a vantagem de poder vender mais.

A emissão de cartões de crédito cresce mais do que a de débito e esse comportamento se caracteriza como uma tendência do mercado, independentemente das preferências dos estabelecimentos comerciais (em dinheiro ou cartão de débito).

Considerados todos os meios de pagamento e com base na Pesquisa Abecs DataFolha (agosto/2011), observa-se que, embora os pagamentos em dinheiro respondam por 32%, os realizados por cartão de crédito e débito representam cerca da metade (49%) das operações de pagamento no mercado em geral.

Os dados apontam ainda a baixa participação dos cheques, confirmando a tendência de queda no uso dessa modalidade nas relações de consumo.

Cartão X cheques

Dados do BC sobre cheques compensados, com valores inferiores a R$300,00 (nicho dos cartões), comparados ao comportamento dos cartões, explicam essa tendência: queda vertiginosa das emissões.

Por outro lado, pesquisa Abecs DataFolha aponta ainda que, entre clientes que possuem cartões de crédito e débito, o hábito de uso dos dois cartões se equipara (68% dos usuários).

Dados da Abecs apontam que (junho/11) as operações com cada tipo de cartão alcançaram 279.194 mil e 269.148 mil, respectivamente, enfatizando assim um determinado equilíbrio no hábito de uso desses cartões. Entretanto, quanto ao volume de recursos envolvidos, essas operações se distinguem acentuadamente, ou seja: R$31.079 milhões nos cartões de crédito contra R$15.576 milhões nos cartões de débito.

Entende-se, então, que, embora os dois tipos de cartões sejam relevantes para as empresas, a maior frequência de cada tipo no estabelecimento depende da média dos preços dos produtos ou serviços ofertados pelo empreendedor.

É conhecido que as operações com cartão de crédito têm um ticket 92% superior ao de débito. Estabelece-se assim a possibilidade de um volume maior de vendas quando as empresas sinalizam para os seus clientes a aceitação dos cartões de crédito como forma de pagamento.

Mercado

Efeitos da abertura de mercado de cartões

A abertura do mercado de cartões , que quebrou a exclusividade entre credenciadoras e bandeiras, ampliou a concorrência, especialmente entre as empresas credenciadoras. De um modo geral, as maiores bandeiras (Visa e Mastercard), que respondem pela maioria das operações, têm seus cartões (marca) aceitos pela quase totalidade dos equipamentos de captação (POS). Essa concorrência já traz benefícios para os empresários.

Segundo pesquisa realizada pelo CDL - BH, mais de 75% das empresas pesquisadas se beneficiaram de redução nos custos em troca da fidelização a uma determinada credenciadora. Isso reflete o fato de que as empresas possuem maior espaço para negociação de preços com credenciadoras.

Assim, recomenda-se que o empresário use a possibilidade de fidelização em seu favor. É importante enfatizar que o empreendedor precisa avaliar se essa fidelização não oferece risco de atendimento de clientes portadores de cartões de bandeiras locais ou regionais ainda não aceitas pela captadora (credenciadora) fidelizada.

A pesquisa CDL-BH indica ainda que mais de 80% das empresas pesquisadas obtiveram êxito nas suas negociações. 64% das empresas declaram ser beneficiadas por reduções no aluguel e nas taxas de administração ou desconto. Outras se beneficiaram de redução nos custos de aluguel (13%) e na taxa de desconto (4%).O fato de que a maioria (64%) teve redução nos custos de aluguel e nas taxas é bastante representativo visto que são esses os principais encargos cobrados pela utilização desses serviços.

Os efeitos da abertura de mercado aparecem de forma mais evidentes quando as pesquisas realizadas pela Abces DataFolha e CDL - BH apontam elevados níveis de satisfação das empresas no uso dos cartões nas suas vendas. A pesquisa Abces DataFolha, realizada em 11 capitais brasileiras, aponta que cerca de 70% dos empresários entrevistados declararam que a abertura do mercado trouxe vantagens para o dia a dia das empresas.

Nota-se que 35% apontaram que melhorou muito e outro tanto declarou que as condições melhoram um pouco. Chama a atenção o fato de que 27% dos empresários não percebiam mudanças nas condições. A maioria (61%) desses empreendimentos declarou que o conhecimento que detinham sobre as credenciadoras não se alterou.

Diante disso, pode-se inferir que importante parcela dos estabelecimentos credenciados não percebem as oportunidades que a abertura do mercado pode trazer às empresas. Nesse particular, entende-se que uma maior divulgação de informações e orientação aos empresários (como propõe o Sebrae junto ao seu público) quanto às possibilidades de escolhas de novas credenciadoras ampliam as chances de renegociação e redução dos custos, como apontado pela pesquisa do CDL - BH.

Para tanto, é recomendado que os contratos com cláusula de fidelização sem benefícios sejam evitados. Fazer uso da fidelização para obter redução de taxas de administração/desconto e nos custos com equipamentos tem sido uma estratégia de êxito para 75,86% das empresas pesquisadas pelo CDL - BH.

Diante disso, é possível acreditar que a fidelização negociada tenha contribuído para que mais de 95% das empresas pesquisadas pelo CDL-BH estejam satisfeitas com os sistemas de pagamento por cartões de crédito e de débito.

Cabe lembrar que, embora esses dados se refiram apenas à cidade de Belo Horizonte/MG, onde a pesquisa foi aplicada, esse mercado tem sido referência de resultados em pesquisa mercadológica, ou seja, possui forte aderência aos padrões mercadológicos nacionais, bem como é uma praça onde os cartões de crédito e débito sempre possuíram alto grau de rejeição por parte dos empresários.


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