Com foco nos pilares que abrangem inovação, produtividade, internacionalização e ESG, acordo foi firmado no Fórum Encadear, em São Paulo, esta semana
Robson Andrade, Joaquim Leite e Carlos Melles: acordo técnico para favorecer inovação, competitividade e produtividade
(Foto/crédito: Tulio Vidal/Sebrae)
O Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica visando ao aumento da competitividade dos pequenos negócios industriais, com foco nos pilares de produtividade e inovação, encadeamento produtivo, internacionalização, economia de baixo carbono e ESG, sigla para governança ambiental, social e corporativa.
Por meio de parceria, que foi lançada quarta-feira (17) por ocasião da terceira edição do Fórum Encadear, em São Paulo, as instituições vão unir esforços para atender as micro e pequenas empresas, promovendo ações de relacionamento e articulação. O Fórum Encadear é parte do calendário de atividades do cinquentenário do Sebrae, ao longo de 2022.
Na ocasião, Carlos Melles, presidente do Sebrae, destacou a importância da iniciativa: “Esse acordo abraça o sistema indústria como um todo a partir das verticais da inovação, da competitividade industrial, da ESG e da internacionalização dos pequenos negócios. Vamos colocar as empresas brasileiras na fronteira da tecnologia”, afirmou.
Por sua vez, Robson Braga, presidente da CNI, agradeceu o alcance da iniciativa devido à atuação do Sebrae: “Queremos levar inovação aberta aos pequenos negócios de todo o Brasil. Fazer com que a indústria nacional possa gerar a inovação que permita a elas competir em nível global”.
Também durante o evento, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, demonstrou entusiasmo com a iniciativa: “O mundo busca uma nova cadeia de suprimentos, busca produzir de forma responsável e o Brasil é um player estratégico nesse cenário. Já fizemos a nossa transição enérgica, oferecemos uma das energias mais baratas do mundo e, assim, vamos conseguir escalar a economia verde por meio do empreendedorismo, demandando diretamente os pequenos e médios negócios”.
O primeiro plano de ação deste acordo terá a atuação conjunta com o Sosa, instituto que integra e fomenta startups em Israel e tem escritórios nas maiores capitais do mundo. A iniciativa prevê a aproximação de grandes empresas do mundo inteiro com startups brasileiras a partir de grandes desafios e demandas tecnológicas. Outra frente prevê a capacitação virtual para 900 participantes e a residência para um grupo de 21 empresas até 2025.
O mapeamento de tecnologias também está entre as iniciativas englobadas pela cooperação entre Sebrae e CNI. As metas incluem a criação de um mapa das tecnologias inovadoras das startups brasileiras e dos Institutos Científicos e Tecnológicos (ICTs); o cadastramento das tecnologias inovadoras mapeadas em uma plataforma internacional de gestão da inovação; e o aprimoramento de software para inserção das informações das startups brasileiras na plataforma de gestão da inovação internacional.
Também está na mira do acordo o posicionamento do Sebrae em mercados internacionais, com a abertura de um escritório para os times do Sebrae e da CNI em Nova York (EUA). Além do suporte para entidades do ecossistema mapearem as tecnologias com a sua inserção na plataforma de gestão da inovação internacional. Para tal, espera-se capacitar 30 startups nas metodologias utilizadas no projeto até 2025.
Veja mais imagens do primeiro dia do Fórum Encadear aqui:
https://agenciasebrae.com.br/imagens/modelos-de-negocio/encadear-2022/
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.