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Mercado e Vendas | ANÁLISE DE TENDÊNCIA
Um novo olhar para as comunidades

As favelas estão mostrando cada vez mais o potencial de sua capacidade empreendedora

· 20/03/2019 · Atualizado em 28/05/2019
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Pensar em uma determinada comunidade, vai além das estatísticas de violência, criminalidade e visões negativas  disseminadas diariamente entre pessoas e noticiários. Existem pontos em comunidades que estão deixando de ser um local perigoso para se tornar um ponto de encontro que promove o acesso à cultura de rua e que abre portas também para empreendedores e para o comércio local.

Dados do Instituto Locomotiva e Data Favela apresentam o potencial das favelas no Brasil: 228 bilhões de reais movimentados no período de um ano pelas classes C, D e E. Neste sentido, se engana aquele que pensa que só existe escassez e violência nas comunidades. O montante financeiro citado é gerado sim por empreendedores que venceram as barreiras da desigualdade social e que conseguiram inovar dentro de um novo contexto, podendo ser ele o da necessidade ou da oportunidade.

Tivemos um crescimento significativo em um período de dez anos, onde os moradores das comunidades passaram a ter acesso a universidade, passando de 1,7 milhão de pessoas em curso superior em 2004 para 7 milhões em 2014, consequentemente veio o aumento da renda e principalmente o acesso à internet que contribui diretamente para a facilidade no acesso a informação.

Diante deste contexto, é bastante complexo afirmar que só temos o empreendedorismo por necessidade em uma favela. É sem sombra de dúvidas uma visão míope de um cenário mais amplo para se analisar.

As comunidades já estão em busca de profissionalização e muitos já não mais desejam ser vistos como carentes e necessitados, querem sim igualdade e acesso para competir tanto na favela, como no asfalto. A economia colaborativa que tanto é difundida em grandes empresas já faz parte do dia a dia dos empreendedores da quebrada que por um longo período de escassez tiveram que unir forças para garantir a sobrevivência.

Na periferia temos empresários e empreendedores que conseguem oferecer ou desejam criar produtos que retratem fortes movimentos e desejos de um público. Dessa forma, conseguimos identificar os chamados nichos de mercado, que vão desde uma roupa cheia de identidade para aquele adolescente que curte hip hop, um corte de cabelo com personalidade repleto de expressões e arte e as mais variadas prestações de serviços.

Encontramos serviços como: moto-taxi que facilita o acesso diante dos estreitamentos das ruas, o serviço de entrega de hortaliças para moradores idosos e uma gastronomia que tem atraído não só a comunidade, como o asfalto que sobe o morro para conhecer as delícias de pratos elaborados em festivais em comércios tradicionais e em festivais próprios.  

Publicações recentes já destacam regiões fora do circuito capitalista como potenciais locais de atração para grandes investidores em Tecnologia. Esses investidores acreditarem em sua capacidade para lidar com imprevistos e inovar em um contexto que pode contribuir para a melhoria de vida das pessoas e na inclusão de pessoas que ficaram anos sem voz e sem acesso.

A verdade é que as favelas estão ganhando voz, força e mostrando o potencial de sua capacidade empreendedora.

Débora Andrade Carvalho
Analista do Sebrae Minas


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