A adoção de práticas de ESG e o Sistema B trazem reputação e competitividade ao varejo, além de contribuírem para o desenvolvimento sustentável.
Para te trazer mais informações sobre o ESG e o Sistema B no varejo, selecionamos as melhores dicas do especialista Vitor Gomes, do canal Vertown.
Hoje, abordaremos sobre o Sistema B e o ESG, e como as empresas vêm se relacionando dentro dessa temática, buscando cada vez mais práticas sustentáveis relacionadas ao social, governança e meio ambiente.
O movimento B, ou Sistema B, é um movimento que reúne empresas em busca de aliar o lucro à geração de impacto socioambiental positivo. Qualquer empresa pode fazer parte desse movimento, basta se comprometer com padrões de gestão, transparência e também causar impactos socioambientais positivos.
O movimento B muda o conceito de sucesso dos negócios. Atualmente, o negócio é medido não só pelo desempenho financeiro, mas também pelo seu impacto socioambiental positivo. Uma empresa B concorda com valores como mutualidade, cuidado, inovação, construção, paixão e diversidade.
Além disso, toda empresa B deve ter uma declaração de missão e comprometimento com problemas socioambientais, como redução da pobreza, desigualdade social e problemas climáticos.
A sigla em inglês ESG estabelece as melhores práticas que a empresa deve adotar para mostrar sua atuação diante dos riscos relacionados à sustentabilidade.
Este termo ganhou mais ênfase nos últimos anos devido à constante preocupação com o desenvolvimento sustentável e a consolidação dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, os ODS.
Como se não bastasse, é notável a mudança de padrão de consumo das pessoas, que buscam em um produto ou serviço aquele negócio que impacta positivamente o meio ambiente ou a sociedade. Inclusive, se você quer saber um pouco mais sobre os ODS, acesse nosso vídeo e assista esse conteúdo.
A incorporação desse termo dentro de uma organização, aderindo a padrões de estabilidade, traz muitos benefícios para uma empresa. Entre eles, está a redução do risco do seu negócio, bem como a valorização econômica do mesmo no mercado financeiro.
Investidores vêm buscando cada vez mais por empresas socialmente responsáveis e sustentáveis. Eles consideram que empresas sustentáveis geram retorno maior aos acionistas a longo prazo, por serem mais resistentes a riscos relacionados ao meio ambiente, ao social e econômico.
Agora, sobre a relação entre ESG e Sistema B: a falta de um compromisso ambiental tem sido vista por muitos investidores como um risco à sustentabilidade financeira mundial.
E essas empresas que já despertaram para essa temática e hoje já estão certificadas como uma empresa B, demonstram a sua preocupação e o seu compromisso em aliar a sua performance financeira ao seu impacto socioambiental positivo.
O Brasil conta hoje com uma lista de mais de 250 empresas certificadas e cerca de 23% dessas empresas aparecem atualmente no ranking da BFTW (Best for the World), do próprio Sistema B, das melhores empresas para o mundo.
Para ter uma ideia do ranking, estão outras empresas globais referências no cenário de ESG e de negócios de impacto, como, por exemplo, a Patagônia. Das empresas que entraram para o ranking recentemente, muitas delas já vieram para a rede com elevado nível de impacto, o que é surpreendente.
Além disso, 15 empresas B certificadas também aparecem no ranking e se comprometeram a aumentar cada vez mais o seu impacto socioambiental positivo e sua performance.
Nessa reavaliação, foram significativamente maiores do que na primeira. Algumas empresas B certificadas no Brasil, que são grandes cases de negócio, são a Reserva, a Natura, a Companhia Hering e a Movida.
Lembre-se que o ESG é um conjunto de práticas empresariais que englobam questões relacionadas ao meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa.
O objetivo é que as empresas sejam mais sustentáveis, justas e transparentes em suas operações, garantindo um impacto positivo na sociedade e no planeta.
Para implantar o ESG no varejo, é importante começar por uma avaliação interna da empresa, para entender como estão as suas práticas em relação ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança corporativa.
Esse diagnóstico deve levar em consideração a cadeia de suprimentos, as operações da empresa e as interações com os clientes e com a comunidade.
Após a avaliação interna, é preciso estabelecer metas e indicadores que possam medir o desempenho da empresa em relação ao ESG. Essas metas devem ser realistas e desafiadoras, para garantir um processo de melhoria contínua.
Alguns exemplos de metas que podem ser estabelecidas são a redução de emissões de gases do efeito estufa, o aumento da diversidade e inclusão na empresa e a transparência em relação às práticas de governança.
Outra etapa importante é a criação de um comitê de ESG, que será responsável por conduzir a implementação das práticas. Esse comitê deve ser formado por pessoas de diferentes áreas da empresa, incluindo representantes da alta administração e especialistas em meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa.
A comunicação com os stakeholders, como fornecedores, clientes, colaboradores e a comunidade local, também é fundamental na implantação do ESG no varejo. É preciso divulgar as ações e resultados da empresa em relação ao ESG, para demonstrar o comprometimento com práticas sustentáveis e transparentes.
Por fim, é importante monitorar e avaliar continuamente o desempenho da empresa em relação ao ESG, para identificar pontos de melhoria e oportunidades de avanço.
Isso pode ser feito por meio de relatórios e indicadores de desempenho, que devem ser divulgados aos stakeholders e utilizados como base para a tomada de decisões estratégicas.
Com essas práticas, é possível implantar o ESG no varejo de forma efetiva e transformar a empresa em um agente de mudança positiva na sociedade e no meio ambiente.
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