Associação entre poder público, grandes empresas e startups acelera empreendimentos criativos e até recupera áreas degradadas em vários municípios brasileiros.

Os hubs de inovação ou hubs criativos vêm se multiplicando em todo o país como alternativa de fomento à economia de base tecnológica. E, em vários municípios – como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Olinda – estão colaborando para o desenvolvimento inclusivo e sustentável, ao auxiliarem na recuperação de áreas urbanas degradadas.
O modelo de hub de inovação, regra geral, envolve a cooperação entre o poder público, grandes empresas e startups. Assim, o poder público gera mecanismos de incentivo – por exemplo, investimentos em infraestrutura ou leis de apoio à ocupação de áreas degradadas –, em troca de vantagens fiscais. As empresas investem e as startups se instalam no hub. Forma-se, então, um ambiente colaborativo, capaz de aproximar todos os elementos das cadeias produtivas de inovação.
Todos saem ganhando com a constituição do hub. Em troca de seu investimento, as grandes empresas têm prioridade de acesso às novas tecnologias e produtos desenvolvidos pelas startups. O poder público recebe a contrapartida de seus investimentos na forma da recuperação de áreas degradadas. E, também, com o futuro aumento da arrecadação.
Já as startups conquistam acesso a capital, fornecedores e mercado que não teriam à disposição em outra situação. E a sociedade toda ganha na forma de desenvolvimento tecnológico e econômico.
Vários municípios brasileiros estão apostando pesado na formação de hubs de inovação. É o caso de Belo Horizonte, onde um antigo prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na Praça 7, que estava bastante degradado, hoje abriga um coworking de economia criativa com capacidade para 412 startups.
No Rio de Janeiro, o Hub-RJ vem colaborando para a revitalização da antiga zona portuária e comemora o desenvolvimento dos primeiros 150 projetos. E, em Olinda, uma parceria entre a prefeitura, empresas e a Olinda Creative Community Action (OCCA), formada por 49 profissionais, vem acelerando o desenvolvimento de startups locais. Florianópolis, por sua vez, transformou-se em um dos mais importantes centros de inovação tecnológica do país graças, em larga medida, aos esforços do hub Rede de Inovação Florianópolis.
A origem dos hubs de inovação está nas aceleradoras de startups, criadas já nos anos 1990, em várias cidades brasileiras, principalmente a partir de universidades. Em municípios como Rio de Janeiro, Florianópolis, São Carlos, Guarulhos e Rio Claro (os últimos três em São Paulo), as incubadoras receberam apoio do poder público e de empresas. Foram ampliando suas atividades, até se transformarem em hubs criativos.
Hoje, há dezenas de hubs de inovação funcionando no país em diferentes formatos: públicos, mistos ou privados. Pesos-pesados da economia, como Google, Bradesco, BTG e até o São Paulo Futebol Clube formaram seus próprios hubs, voltados a segmentos específicos.
O próximo passo na evolução dos hubs criativos deve ser influenciado pela pandemia do coronavírus, que demonstrou a possibilidade de desenvolvimento de inúmeros negócios à distância. Tudo aponta, então, para o florescimento de novos hubs criativos virtuais, que demandarão investimentos ainda mais baixos. Pode ser a sua deixa para surfar nessa onda tecnológica.
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