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Empreendedorismo | EMPREENDEDOR
Uma análise sobre a taxa de empreendedorismo no Brasil

Conheça um panorama da cultura empreendedora nacional com base em um estudo realizado a partir da pesquisa GEM de 2017 a 2020.

· 31/08/2017 · Atualizado em 21/10/2022
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Dentre os vários aspetos analisados pela pesquisa GEM no período de 2017 a 2020, um deles foi a taxa específica de empreendedorismo, ou seja, o percentual da população envolvida em atividades empreendedoras.

A pesquisa dividiu os empreendedores em dois grupos:

  • Empreendedores iniciais, que têm até 3,5 anos de atividade em algum tipo de negócio.
  • Empreendedores estabelecidos, que têm negócios com mais de 3,5 anos.

O cenário traçado pela pesquisa GEM em 2017 revelou que, no Brasil, os homens eram ligeiramente mais empreendedores do que as mulheres, com uma diferença de quase 3%. Para o empreendedorismo estabelecido, essa diferença foi superior a 4%; contudo, no empreendedorismo em estágio inicial, as mulheres superaram os homens em quase 1%.

É importante frisar que, ao se tratar do contingente de mulheres que empreendem no Brasil, esse número era de 24 milhões em 2017, muito semelhante ao masculino.

Em comparação com outros países, a análise do empreendedorismo inicial (TEA) segundo o gênero demonstrou uma flagrante predominância dos homens em relação às mulheres.

Quando o foco de análise se voltou para as taxas de empreendedorismo estabelecido (TEE), notou-se que inexistem exceções à regra: em todos os países, o empreendedorismo entre os homens supera o das mulheres.

Em 2020, segundo estimativas, 44 milhões de brasileiros estavam à frente de algum tipo de empreendimento, o que corresponde a uma taxa de empreendedorismo total (TTE) de 31,6%. Desse número, aproximadamente 14 milhões de empreendimentos correspondiam aos nascentes; cerca de 19 milhões, aos novos empreendimentos; e 12 milhões, aos chamados empreendimentos estabelecidos, ou seja, aqueles com mais de 3 anos.

Naquele ano, o sexo masculino foi predominante no estágio de empreendedores novos e atingiu o percentual de 62% do total dessa categoria, totalizando cerca de 11,6 milhões de pessoas. As mulheres, por sua vez, correspondiam a 38% do total, o que equivalia a 7,1 milhões de empreendedoras.

Entre 2019 e 2020, o empreendedorismo total (TTE) no Brasil sofreu uma redução de 7,1%, saindo de 38,7% para 31,6%. Esse resultado foi impactado principalmente pela redução na taxa de empreendedores estabelecidos (EBO), que caiu 7,5%, saindo de 16,2%, em 2019, para 8,7%, em 2020.

De 2019 a 2020, aproximadamente 10 milhões de empreendedores estabelecidos saíram do mercado em que atuavam, evidenciando uma grande descontinuidade de diversos negócios.

Considerando-se que a taxa de empreendedores totais (TTE) era de 31,6%, tinha-se que 68,4% da população adulta, de 18 a 64 anos, não exercia essa atividade. Quando questionados, 52,7% dos não empreendedores responderam que pretendiam abrir um negócio nos próximos 3 anos.

Em 2020, a participação das mulheres foi maior entre os empreendedores nascentes, com 55,5% do total dos quase 7,9 milhões que abriram novos negócios no Brasil.

Em 2017, observou-se um pequeno aumento na relação oportunidade/necessidade: enquanto em 2016 havia 1,4 empreendedor por oportunidade para cada empreendedor inicial por necessidade, em 2017 esse número foi para 1,5. Em outras palavras, 59,4% dos empreendedores iniciais empreenderam por oportunidade e 39,9%, por necessidade.

Ao verificar o empreendedorismo no Brasil em 2017, considerando as diferentes faixas etárias, notou-se que os jovens de 25 a 34 anos foram os mais ativos na criação de novos negócios: 30,5% dos brasileiros nessa faixa eram proprietários e administravam a criação e a consolidação de empreendimentos em estágio inicial. Em seguida no ranking, apareceram aqueles ainda mais jovens, de 18 a 24 anos, dentre os quais 20,3% estavam envolvidos com a criação de novos negócios.

Percebe-se, então, que é necessária uma atuação intensificada no fomento ao empreendedorismo no grupo de 55 a 64 anos, especialmente para aqueles que já se aposentaram ou que estão pensando em se aposentar. Embora esse público tenha tempo disponível, habilidades e vocações já desenvolvidas, ele é o menos estimulado a empreender, tanto na TEA quanto na TEE. 

Em 2020, dos 14,2 milhões de empreendedores nascentes, as faixas etárias predominantes foram de 18 a 24 (21,2%), 25 a 34 (27,3%) e 35 a 44 anos (26,4%). Desse modo, a maioria dos empreendedores nascentes, que correspondia a aproximadamente 7,7 milhões de pessoas, tinha entre 25 e 44 anos.

No Brasil, com relação ao empreendedorismo inicial, em 2017, chamou a atenção que o grupo mais ativo era composto por pessoas com apenas o ensino fundamental completo: 23,9% deles eram empreendedores iniciais - quase 10% a mais do que os que possuíam diploma de nível superior (14,3%). 

Ainda em termos de contingente, foi significativamente maior o número de empreendedores iniciais com escolaridade mais baixa: foram estimados 7 milhões com ensino fundamental completo contra 1,6 milhão com ensino superior completo. Dos que não possuíam nem o ensino fundamental completo, 22,5% podiam ser caracterizados como empreendedores estabelecidos.

Com relação à escolaridade, em 2020, destacou-se a maior porcentagem de empreendedores nascentes (49,4%) com ensino médio completo, enquanto apenas 22,4% dos empreendedores nesse mesmo estágio do negócio possuíam superior completo ou maior grau de escolaridade. Somando-se essas duas percentagens, verificou-se que 71,8% dos empreendedores nascentes (estimados, portanto, em 10,2 milhões) tinham os maiores níveis de escolaridade. Em contraste, 28,2% (4 milhões) de empreendedores nascentes tinham menor índice, sendo 17,8% com fundamental completo e 10,4% com fundamental incompleto.

Tanto o investimento em educação como a situação econômica e política do país podem afetar diretamente o empreendedorismo, mas cabe ressaltar que a educação é o fator primordial, já que, por meio dela, é possível mudar outros âmbitos, inclusive relacionados à política e à economia. Esse é, portanto, o investimento que dá o maior retorno para o país.

Por Nidia Caldas

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