Joaquim Leite destacou o potencial na implantação de soluções renováveis, durante evento Sebrae 50+50, realizado esta semana em Brasília pelo Sebrae
Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante evento Energia Sebrae 50+5: promoção da economia verde (Foto/crédito: Erivelton Viana/Sebrae)
No encerramento do evento Energia 50+50, organizado pelo Sebrae, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que os micro e pequenos negócios são fundamentais na implantação de soluções energéticas renováveis. “O Brasil superou todas as expectativas relacionadas à produção de energia solar, por exemplo, pois são os pequenos que implantam as placas país a fora”, ele disse, em Brasília, quarta-feira (10/8).
De acordo com Leite, o governo federal está comprometido em melhorar o ambiente de negócios, promovendo a liberdade econômica, incentivando a inovação e fomentando a economia verde. “Sem dúvidas, somos um dos grandes fornecedores de energia para o mundo, podemos exportar energia limpa, temos matriz para isso: eólica, hidráulica, offshore, onshore, solar. Somos uma grande potência e vamos aproveitar isso”, afirmou o ministro.
O lançamento oficial do Polo Sebrae de Energias Renováveis marcou o último dia do Energia 50+50, organizado pelo Sebrae, como parte das atividades do cinquentenário da instituição. O Polo está sediado no Rio Grande do Norte, estado responsável pela maior produção de energia eólica no país. O objetivo principal da iniciativa é reunir os principais atores do ecossistema de inovação relacionados à energia, além de gerar ações de integração com os micro e pequenos negócios.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou a importância da energia como insumo material para qualquer tipo de produção. Melles lembrou que a discussão sobre energia renovável é um tema relativamente recente no país, mostrando como o Sebrae está antecipando necessidades e demandas desse setor produtivo.
“Há vinte anos, era raro se falar em energia fotovoltaica, eólica, renovável. Hoje, o Sebrae lança esse Polo representando nossa preocupação em dar condições para geração de negócios relacionados a energia”, afirmou Carlos Melles.
O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, reiterou que energia se tornou algo central para os negócios. “Muitas vezes impacta muito mais que o aluguel”, exemplificou, ao falar sobre a importância de geração de energias renováveis.
Para Zeca Melo, superintendente do Sebrae Rio Grande do Norte, o Polo tem potencial de projetar o Brasil a um outro patamar em produção de energia. “Existe tecnologia no Brasil para desenvolvermos condições de progresso e prosperidade. Incluir as micro e pequenas empresas nesse processo é uma grande solução para a economia. Basta lembrar que elas são responsáveis por 80% dos empregos gerados atualmente”, comentou.
A gerente de competitividade do Sebrae Rio Grande do Norte, Lorena Roosevelt, salientou a transversalidade da energia nos diversos setores de geração de negócios. De acordo com a coordenadora, que está à frente do projeto do Polo, todos os movimentos humanos estão intimamente ligados à energia.
“Está nas relações de consumo, nas realidades digitais, na segurança de dados, na mobilidade, entre tantas outras”, declarou Lorena Rooselvet, ao lembrar que o Polo será um espaço de compartilhamento e conectividade de oportunidades de negócio. “É um imã entre os participantes. Nosso público são startups, pequenos negócios e parceiros”, completou.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Rio Grande do Norte, Itamar Maciel, reafirmou que o maior objetivo do Polo Sebrae de Energias Renováveis é incluir os micro e pequenos negócios nos circuitos produtivos. “O hub de inovação vai funcionar diuturnamente para fomentar o crescimento de micro e pequenos negócios, tanto na produção de energias renováveis, como ao acesso às soluções propostas”, afirmou.
Sobre o Sebrae 50+50
As atividades que marcam a celebração dos 50 anos do Sebrae giram em torno do tema “Criar o futuro é fazer história” e procuram mostrar a conexão da instituição com o Brasil. Denominada Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza as ações atuais nos três pilares da instituição: aprimorar a gestão empresarial, desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios e promover a cultura empreendedora. Mostra também a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar para o futuro, ao mesmo tempo, voltado para os novos desafios do empreendedorismo no país.
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Abrir uma startup dá trabalho e muitos empreendedores não veem a hora de conquistar um aporte para poder expandir seus negócios. Mas, investimentos são baseados em critérios como confiança, retorno sobre o capital e o encaixe entre as estratégias do fundo e da empresa investida. Por isso, um investimento em early-stage (fase inicial) pode demorar mais do que você pensa. Cada investidor tem um timing próprio e um processo de avaliação diferente. No Brasil, existem quatro tipos mais comuns de investidores:1. Angels que atuam individualmente Também conhecidos como “investidores-anjo”, se tiverem boas referências do empreendedor e do projeto, podem levar de 2 a 8 semanas para investirem uma média de R$ 100 mil (ou até mais que isso, em alguns casos).2. Grupos de Angels Grupos de angels atuando em conjunto costumam avaliar projetos em fóruns semestrais. Aproveitando a janela de oportunidade e sendo aprovado para os fóruns na hora certa, você pode conseguir de R$ 200 mil a R$ 500 mil em até 3 meses.3. Fundos de capital semente com recursos privados (como a Astella ou Monashees): Os fundos com recursos privados geralmente definem suas próprias regras porque tem mais flexibilidade para negociar acordos junto aos seus diversos investidores. Alguns deles podem avaliar sua empresa, sumir por um tempo e reaparecer com uma proposta. Outros podem ajudá-lo a melhorar a empresa informalmente e, ao final de vários meses de interação constante, fazerem uma proposta formal de investimento para fechá-la em poucos dias. Fundos como esses tendem a fazer um primeiro aporte de R$ 200 mil a R$ 1 milhão em um período entre 3 a 6 meses para projetos realmente atrativos.4. Fundos de capital semente com capital público em sua composição (como a Confrapar e alguns fundos da FIR Capital) Nesse caso, os fundos têm regras específicas e investidores institucionais, aumentando a formalidade do processo de avaliação. Por isso, podem levar de 3 a 6 meses somente para avaliar se a empresa está apta a receber um investimento de entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões. Na média, projetos maduros recebem R$ 2 milhões em até 6 meses, contando 3 meses para avaliação e 3 meses migrando a empresa para a nova estrutura de capital. Como organizar seu contato com investidores Interagir com o tipo certo de investidor é importante porque traz conselhos relevantes e ajuda a medir a atratividade do seu projeto. Mesmo assim, essa prática deve ser muito bem gerenciada: o empreendedor não pode ficar muito tempo sem obter feedback, mas também não pode gastar tempo demais atendendo às demandas dos investidores. Também é importante ressaltar que a pior hora para conseguir investimentos é quando o dinheiro acaba, a ponto do projeto congelar ou mesmo morrer. Planeje-se para engrenar sua startup antes dessa hora chegar ou gerencie seu contato com os investidores certos para acioná-los na hora certa. Autor convidado: Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora.