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Planejamento | SOBREVIVÊNCIA
Você sabia que animais também têm ansiedade?

Assim como os humanos, os animais sentem emoções similares, a ansiedade é uma delas, conheça um pouco e saiba como lidar.

· 06/10/2023 · Atualizado em 11/10/2023
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A emoção é um sinal praticamente instintivo. Já foi comprovado que os animais sentem emoções como felicidade, medo, prazer, surpresa e raiva. Anos atrás, os tutores achavam que seus pets só precisavam de alimentação, água e um ambiente limpo, mas hoje, sabemos que não é bem assim. Os animais precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, psicológico e síndromes comportamentais.

Estresse em animais

Existe o estresse bom, que prepara o animal para situações comuns de sua vida e para sua sobrevivência, enquanto o estresse ruim é prejudicial, pois exige um esforço contínuo que o animal não será capaz de sustentar por muito tempo. Esse tipo de estresse provoca fatores como diminuição de insulina, aumento do risco de diabetes e da produção de ácido clorídrico, além de desequilíbrio do sistema imunológico, dentre outros.

Nos cães, o estresse pode gerar mudanças no comportamento do animal, como, por exemplo, a diminuição da ingestão de alimentos, podem tornar-se mais temperamentais e passar a morder as patas de forma compulsiva. Quando notado esse tipo de comportamento, é essencial que o tutor interfira para evitar alguma doença física.

Ansiedade em cães

A ansiedade é um estado de apreensão ou tensão, geralmente acompanhado de sintomas físicos como aumento da frequência cardíaca, respiração rápida, pressão arterial e inquietação. Diferentemente dos seres humanos, os animais não falam, por isso, o tutor precisa estar atento ao comportamento do animal.

As principais causas da ansiedade nos cães são conflitos na relação com o homem e a restrição de oportunidades para realizar comportamentos básicos de sua natureza. Além disso, já foi comprovado que o comportamento e o humor do dono podem influenciar diretamente no comportamento do cãozinho, porque a energia do dono vai inevitavelmente sintonizar com a do animal.

Paula Jackelinne, veterinária na 

Clínica Veterinária Animal Amigo (CRMV-AL 0300)

A veterinária Paula Jackelinne (CRMV-AL 0300) afirma que não existe idade para os pets desenvolverem um quadro de ansiedade, mas que isso acontece principalmente na fase de filhote, levando em consideração suas condições de vida nos primeiros meses, como quando são separados da mãe e dos irmãos, e como foram recebidos no novo lar.

Ela afirma ainda que existem raças mais predispostas à ansiedade, como labradores, pastores de Shetland, dálmatas, golden retrievers e chihuahuas.

A ansiedade de separação é muito comum entre os cães, pois muitas vezes o animal desenvolve um vínculo tão grande com o dono que acaba se tornando uma dependência. A partir de determinado ponto, o animal se sente extremamente perdido e sozinho quando está sem o seu tutor por perto.

A veterinária reforça que é preciso entender as necessidades do animal antes de decidir tê-lo para evitar quadros de ansiedade, depressão, entre outros:

"Alguns tutores não pesquisam sobre a raça antes de adquirir um animal, se empolgam e não sabem se o porte do animal é adequado para o espaço que poderão disponibilizar, se a raça é muito ativa e se terão o tempo necessário para brincar, ou se o animal precisa de mais atenção. Fatores como espaço, tempo de dedicação e cuidados físicos e mentais são extremamente importantes."

Sintomas da ansiedade em cães incluem:

  • Comportamentos destrutivos
  • Distúrbios de eliminação (incontinência urinária e fecal)
  • Alterações comportamentais na ausência do tutor
  • Morder ou lamber as patas compulsivamente
  • Tornam-se temperamentais ou caprichosos

Como aliviar a ansiedade nos cães

É essencial buscar um médico veterinário para entender melhor as causas da ansiedade no seu cão. No entanto, existem algumas coisas que o tutor pode fazer para ajudar o animal:

O enriquecimento ambiental é uma das melhores soluções para resolver o problema, e existem 5 tipos:

  1. Físico: relacionado à introdução de objetos e estruturas que deixem o ambiente parecido com o habitat natural do animal;
  2. Sensorial: formas de estimular os sentidos do animal, com brinquedos recheáveis, esconder objetos e petiscos para o cão procurar e deixá-lo farejar durante os passeios;
  3. Cognitivo: estímulo da capacidade mental do animal, que pode ser feito, por exemplo, com brinquedos que estimulem a resolução de problemas com recompensa;
  4. Social: permitir que o animal conviva com outros;
  5. Alimentar: variar a alimentação de acordo com suas necessidades naturais, como por exemplo, ossos bovinos ou suínos.

A aromaterapia também é uma opção, pois óleos essenciais comprovadamente têm inúmeros benefícios no controle das emoções, estresse e ansiedade. Alguns exemplos são os óleos de bergamota, camomila-alemã, laranja, manjerona e lavanda.

Para os cães que estão sofrendo de ansiedade por separação, é preciso prepará-los para serem independentes, como afirma Paula:

"A ansiedade de separação é desenvolvida por atitudes do tutor, que tem a responsabilidade sobre seu pet. Na maioria das vezes, não é intencional; é por falta de conhecimento e falta de informação. O tutor não deve se despedir do seu pet ao sair nem fazer muita "festa" ao voltar, pois o pet associa muito facilmente e começa a ficar ansioso com a despedida e durante todo o tempo que o tutor estará ausente, na expectativa de recebê-lo de volta com aquela alegria ao reencontrá-lo."

Ansiedade em gatos

Nos gatos, a ansiedade geralmente surge após algum evento traumático que gerou dor, medo ou desconforto no bichano, alguns desses eventos podem ser bastante inofensivos na visão do dono, como andar de carro, receber visitas ou ir ao veterinário.

Doenças e dores também podem gerar ansiedade nos gatos e o uso de medicações também, já que o gato fica na aflição de saber que será obrigado a tomar aquele remédio.

Os bichanos são muito territorialistas e podem se sentir ansiosos na presença de outros animais. Principalmente se o gato for mais quietinho e sofre agressões dos outros animais, por isso, é preciso estar sempre atento a esse convívio.

Essa ansiedade pode provocar o surgimento de outros problemas de saúde, como depressão, gastrite, crises de vômito e diminuição da imunidade.

Os gatos são apegados aos hábitos; eles gostam de rotina e qualquer alteração nessa rotina pode gerar desconforto e ansiedade.

Os sintomas da ansiedade em gatos incluem:

  • Alteração no apetite (pode deixar de comer ou comer de uma vez)
  • Miados em excesso
  • Urinar em locais diferentes do que costumava
  • Arranhar locais que não costumava e com maior frequência
  • Tornar-se mais agressivo
  • Esconder-se e manter-se isolado

Como ajudar o seu gato ansioso?

Mais uma vez, ressaltamos que é imprescindível que o tutor leve seu animal ao veterinário para que seja feito um diagnóstico preciso e para que receba as orientações necessárias.

Se for constatado que o motivo da ansiedade é a obediência a outros animais, o tutor pode investir em enriquecimento ambiental para que o pet se sinta seguro, como rotas de fuga, disponibilizar prateleiras e deixar portas abertas

O enriquecimento ambiental para distração do animal também é importante. Disponha de arranhadores e outros brinquedos. O uso de produtos com feromônio felino também pode ajudar a acalmar o gato.

Além disso, é interessante disponibilizar um esconderijo para que ele se sinta seguro em um local só dele e deixar várias caixas de areia à disposição do animal. Estabelecer uma rotina para o pet também pode deixá-lo mais à vontade.

Em ambos os casos, lembre-se de que é preciso consultar a opinião de um profissional para identificar o problema do seu cão ou gatinho, sua raiz e como intervir. Como afirma a veterinária, existe cura para a ansiedade em pets, sendo necessário identificar a causa e melhorar a rotina do animal por meio de passeios, contato com outros animais, brincadeiras, enriquecimento ambiental e, claro, muito amor e carinho.

"O tratamento para ansiedade em cães e gatos é semelhante, podendo envolver medicações fitoterápicas, feromônios, homeopatia e florais. Hoje, existem trabalhos com o uso de canabidiol e a acupuntura também já é bastante utilizada. Medicações como a amitriptilina têm um excelente efeito, especialmente quando as outras tentativas junto ao enriquecimento ambiental não surtem efeito. Lembrando que, independentemente da medicação, quem tem condições de definir qual usar, quando e em que quantidade é um Médico Veterinário", finaliza a veterinária.

Além disso, às vezes, o estado do animal está mais agravado, sendo necessário o uso de medicações indicadas pelo médico.

Por Débora Medeiros (conteudista) e

Stephanie Larissa (produção textual)


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