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Empreendedorismo

Empreendedoras do Amapá: Fascínio Malharia

Maria Júlia Vieira da Silva, conseguiu encontrar oportunidades em meio às dificuldades da vida, conseguindo realizar o sonho de ter o seu próprio negócio..

Empreendedoras do Amapá: Fascínio Malharia
· 07/08/2014 · Atualizado em 20/02/2019
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Colaboradores

Gestor de conteúdos: Maikon Richardson; Design gráfico: Rauan Maia; Revisão de texto: Liliane Ramos, Camila Melo; Digitalização: Camila Melo.

Fonte: Histórias de Sucesso: Mulheres de Negócios do Amapá. Macapá: Sebrae/Ap,2007

Lição de costura e vida

Anos de andanças pelas estradas do Maranhão, Pará e Amapá, com uma vida pouco confortável, alimentaram o sonho de Maria Júlia Vieira da Silva de ter o seu próprio negócio. Desde cedo teve fascínio por peças intimas femininas e grande desejo de aprender a confeccionar. Mas era um sonho freado pelo marido, que preferia vê-la empenhada em atividades domésticas.

Embora o sonho tenha ficado adormecido por muito tempo, as adversidades acabaram oferecendo a Maria Júlia a oportunidade para que ela começasse a empreender. Os negócios do marido não iam bem e ela começou a ajudar no sustento da casa trabalhando em uma pequena confecção de roupas intimas.

Com o tempo, acreditou que era possível, procurou parceria e mostrou o seu próprio empreendimento de confecção. O sucesso de sua empresa, a Fascínio Malharia está baseado nos ingredientes do perfil do empreendedorismo: o sonho, a busca de sua concretização e a disposição para enfrentar as dificuldades.

Do sonho à realidade

A vida também começou a ficar difícil em Itaituba, por conta da queda da economia do lugar, cujo ouro começava a findar e enfraquecer o comércio. Era o ano de 1991 quando o casal resolveu mudar-se para Macapá.

Em Macapá, Maria Júlia procurou alguém que  confeccionasse peças intimas, pois achava que elas superavam em qualidade as industrializadas. Encontrou Célia, de quem encomendou pelas para ela e para a pequena filha, e a quem ela revelou ter imensa vontade de aprender a confeccionar. Embora Maria Júlia não soubesse ao menos como colocar a linha na máquina de costura, Célia lhe propôs que viesse todas as tardes observar seu trabalho, ajudar nos mais simples detalhes , garantindo que logo Maria Júlia saberia costurar também.

Uma lição de perseverança

Não são poucas as histórias de nordestinos que vieram tentar a vida na Amazônia, fugindo da seca do sertão, desde o século 19. A história relata que mais de 300 mil pessoas vieram trabalhar nos seringais da floresta amazônica na maior seca da história do Brasil. Seu trabalho foi explorado à exaustão e a malária devastou para sempre a ilusão de muitos deles. Ainda assim, ao longo dos tempos e até os dias atuais, nordestinos continuaram a se precipitar para a região em busca de melhores condições de vida. A família de Júlia Maria Vieira da Silva veio de Imperatriz, no Estado do Maranhão, para a região sul do Estado do Pará, com o mesmo objetivo.

No Maranhão, a vida não era das piores para a família de Maria Júlia. O pai tinha algumas posses, era comerciante. Com a morte precoce da esposa, casou-se novamente, mas logo veio a falecer, deixando para a nova companheira tudo o que possuía. Maria Júlia tinha três anos de idade. A viúva então deixou Maria Júlia e seus três irmãos pequenos aos cuidados de uma tia, vendeu as posses e foi embora para outro estado.

Oito anos depois, vivendo em dificuldades, a família fez as malas e foi para a cidade de Itaituba, no Pará, uma região rica em ouro, que atraia imigrantes de todas as regiões do País. Ali Maria Júlia se casou e teve seu primeiro filho. Perto de sua casa, uma vizinha trabalhava diariamente na confecção de peças, sentia vontade de aprender a costurar, de confeccionar suas próprias roupas intimas. Era o desejo de empreender que começava a despontar. O marido não via atividade com bons olhos, achava que ela então passaria a se dedicar à venda de porta em porta, como fazia a vizinha. E Maria Júlia conteve a vontade de empreender, e continuou cuidando apenas da casa.


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