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Mercado e Vendas | ESTUDOS DO CLIENTE
Consumo local: 8 estratégias de fidelização que você deveria adotar

O consumo local é o preferido das pessoas que querem fortalecer economicamente a região em que vivem e gerar empregos.

· 18/12/2023 · Atualizado em 18/12/2023
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Pare e pense: se você precisasse comprar um item de qualidade, preferiria que essa transação fosse feita bem perto da sua casa ou em uma região que exigisse um deslocamento longo? Bem, caso a primeira alternativa seja a mais interessante, você já tem ao menos um motivo para acreditar no potencial do consumo local.

No entanto, a valorização do comércio dentro da própria região em que você vive vai muito além da necessidade de se deslocar ou não. O fortalecimento da economia do seu bairro, a geração de empregos e o estabelecimento de laços comunitários, por exemplo, são outros motivos para comprar localmente.

Pensando na relevância do tema, neste artigo, falaremos mais sobre o crescimento do comércio local no Brasil e a concorrência com as grandes multinacionais e, entre outros pontos, abordaremos como os empreendedores podem explorar essa estratégia. Boa leitura!

Como anda o cenário do consumo local?

O consumo local, felizmente, nunca vai morrer. Inclusive, de acordo com os números de uma pesquisa conduzida pela CNDL, oito em cada dez pessoas fazem a maior parte das suas compras perto de casa. Assim, embora muitos optem por comprar pela Internet e/ou de lojas fisicamente distantes, o varejo regional ainda é bastante valorizado.

Além desses dados, a prova de que o consumo local continua "firme e forte" é o fortalecimento de uma expressão conhecida como "locavorismo", criada em 2005. O termo se refere justamente à valorização do comércio local.

As campanhas realizadas no auge da pandemia da COVID-19, como a "Compre do Pequeno", também fizeram sucesso. Aliás, uma das principais preocupações dos "locávoros" é a preservação do meio ambiente. Por isso, comumente, surgem oportunidades para produtores de alimentos orgânicos, empresas que reaproveitam materiais, profissionais que atuam na reciclagem de resíduos etc.

A propósito, não para por aí: o comércio local também é percebido como uma forma de gerar empregos na própria região dos consumidores, o que contribui para o desenvolvimento econômico do município. O varejo regional se integra à identidade comunitária do lugar, já que é feito de nativos para nativos.

A Shein está ganhando dos comércios locais?

Sim, a Shein já é a maior varejista do mundo e o grande ícone da chamada fast fashion, que se trata de um modelo comercial no qual os produtos são fabricados para durar pouco, sendo substituídos em seguida. A ideia é gerar um ciclo infindável de consumo.

De 2018 para 2021, por exemplo, a receita da marca cresceu 700%. De um patrimônio de US$ 2 (sim, é isso mesmo!), a Shein chegou aos US$ 15,7 bilhões em receitas. Aliás, o crescimento não deve parar por aí, haja vista que a empresa já está em negociação para receber investimentos de parceiros de, ao menos, US$ 100 bilhões.

Embora a Shein seja, sim, útil ao oferecer mercadorias por preços mais baixos, essa expansão não é uma boa notícia para os comércios locais. Afinal, não há como competir com os valores praticados pela multinacional, que pode cobrar menos para ganhar mais pelo número de vendas feitas.

Além disso, grande parte do seu sucesso se baseia em Inteligência Artificial (IA), uma tecnologia capaz de mapear tendências e lançar produtos rapidamente. Ou seja, quando "uma onda passa", o que fica é uma quantidade enorme de lixo têxtil que será despejada no planeta.

O que os consumidores locais priorizam?

Agora, vamos discutir os principais pontos que levam uma pessoa a priorizar o consumo local — ou, pelo menos, a considerar comprar mais das lojas que estão perto da sua casa. Confira!

A valorização do pequeno empreendedor

Normalmente, a razão principal pela qual uma pessoa prioriza o comércio local diz respeito à possibilidade de ajudar os pequenos empreendedores da região. Além disso, claro, um dos grandes benefícios do empreendedorismo local é o fortalecimento do comércio do lugar, como vimos.

Ora, reflita com a gente: com mais empregos gerados — e, como consequência, com mais pessoas comprando ali —, os negócios tendem a ganhar força. Aí, os moradores não precisarão se deslocar para áreas mais distantes no intuito de suprir as suas necessidades.

A rapidez na entrega

No comércio local, via de regra, a entrega do produto adquirido é instantânea. Ainda que as mercadorias vendidas na Internet possam ser mais baratas, o caminho até que cheguem efetivamente às mãos dos clientes é longo — e, inclusive, o item ainda pode ficar "preso" na alfândega, dependendo do seu custo, o que exige um pagamento adicional por parte do consumidor.

Do mesmo modo, o público costuma dar preferência ao consumo local para fugir da bagunça e do barulho das outras opções disponíveis, como atacadistas, grandes lojas situadas em shoppings e supermercados, com as suas longas e demoradas filas. E não para por aí, viu?!

É interessante pontuar que há, sim, outros problemas ligados a esses empreendimentos, a exemplo da dificuldade de encontrar um local para estacionar, da insegurança em ter que percorrer um trajeto mais extenso para levar o produto para casa, entre outros.

A contribuição com a economia local

Um fato é indiscutível: quando muitos consumidores passam a comprar localmente, mais dinheiro entra naquela comunidade. O cenário, por sua vez, favorece o desenvolvimento econômico da região, incentivando outros comerciantes a apostarem no modelo.

Em paralelo, os órgãos públicos também podem mapear essa tendência e investir em iniciativas que tornem o comércio local ainda mais forte. Como resultado, todos trabalham junto aos clientes locais para que a economia da região se fortaleça.

Não há como negar: para médios, pequenos e microempreendedores, esse universo, geralmente, é um desafio: aproximadamente 30% dos comércios fecham antes dos cinco anos "de vida", como você já deve ter ouvido por aí. Logo, qualquer incentivo dos moradores da região é extremamente bem-vindo.

O fortalecimento da comunidade

Os empreendedores locais, muitas vezes, refletem a personalidade, os valores e a cultura da comunidade na qual estão inseridos. Então, quando as pessoas da região prestigiam esses negócios, também ajudam a construir uma identidade comunitária.

Além disso, é relevante ressaltar que essas empresas são mais sensíveis a determinadas questões, como a preservação da arquitetura e da história da região — justamente porque são formadas por quem vive ali. Portanto, a valorização do consumo local ajuda não só a manter a identidade viva, mas também a garantir que ela permaneça assim para que as gerações futuras desfrutem dela.

A consciência ambiental

A priorização do comércio local também é uma forma de conhecer melhor a origem dos produtos adquiridos. Assim, não só valores sustentáveis são promovidos, mas também a economia circular, percebe?!

Aliás, esse modelo econômico abarca empreendimentos que utilizam materiais reciclados e/ou que minimizam os impactos ambientais negativos. Brechós de bairro são excelentes exemplos de negócios que impulsionam o reaproveitamento de roupas, incentivando as pessoas a comprarem menos (e, claro, gerarem menos lixo).

Qual é a importância de adotar estratégias de fidelização de clientes?

Possivelmente, você já ouviu dizer que manter os clientes que o seu negócio já tem é mais barato do que encontrar novos, até porque seria necessário desenvolver estratégias do zero para conquistá-los. Além disso, vale destacar que consumidores satisfeitos e fidelizados trazem novos para o empreendimento — especialmente por meio do popular marketing boca a boca.

Diante disso, ter uma boa quantidade de clientes fidelizados acaba por garantir uma renda recorrente para a empresa. E acredite: essa receita fará a diferença nos momentos de baixa no seu segmento de atuação.

Como fidelizar os clientes locais?

Abordados os tópicos anteriores, agora, mostraremos meios de encantar os consumidores locais e começar efetivamente a criar uma rede comunitária forte e unida. Vamos lá?!

1. Invista em estratégias de marketing local

Utilizar a Internet, por meio das redes sociais e do site institucional da sua marca, é, provavelmente, a forma mais barata de fazer marketing. Contudo, para quem quer se firmar no comércio local, é possível — e recomendável — ir além disso.

Uma boa pedida envolve apostar no marketing boca a boca, quando você conta com os próprios clientes para divulgar o seu negócio. Afinal, a maioria dos seus consumidores certamente mora perto uns dos outros, então, essa propaganda é uma ação natural. No dia a dia, eles tendem a recomendar a sua loja tanto para amigos quanto para familiares.

A propósito, essa é uma tática de marketing poderosa para o comércio local, principalmente em cidades pequenas e médias. Contudo, será fundamental atender a alguns requisitos para assegurar o seu sucesso, o que inclui:

  • oferecer um bom atendimento;
  • entregar um produto de qualidade, lembrando-se de que os clientes têm uma infinidade de opções na Internet e até em concorrentes situados perto de você, então, é imperativo caprichar nas suas mercadorias e nos seus serviços;
  • investir em programas de fidelização e de indicação, com descontos e incentivos para quem trouxer novos consumidores;
  • criar promoções em datas comemorativas, feriados e oportunidades sazonais, como a Black Friday;
  • oferecer descontos e ofertas diferenciadas para os clientes fidelizados.

2. Proporcione experiências de compra diferenciadas

Aproveitando o gancho do tópico anterior, preocupe-se em oferecer uma experiência de compra inesquecível para o seu cliente. Inclusive, algumas medidas que podem ser implementadas com essa finalidade abarcam:

  • ouvir o que cada pessoa tem a dizer, de modo a encontrar a melhor solução para o seu público;
  • oferecer diferentes opções, ressaltando as suas características;
  • disponibilizar distintos meios de pagamento para atender a mais pessoas;
  • interagir de forma leve, sem "forçar a barra" para que o consumidor compre qualquer coisa;
  • alinhar a sua presença on-line ao seu estabelecimento físico, oferecendo, por exemplo, a possibilidade de retirada de uma mercadoria comprada no site virtual na loja;
  • colocar o cliente no centro de todas as suas estratégias e, antes de mudar um processo, pensar "No que isso ajudará a minha comunidade?".

3. Pratique um preço justo

Os preços cobrados no seu empreendimento devem gerar lucro, mas de uma forma que não seja abusiva. Afinal, caso isso aconteça, o consumidor simplesmente comprará os mesmos produtos na Internet e em grandes redes, que cobram menos. Aí, o consumo local levará um duro golpe.

Nesse mesmo contexto, cada empreendedor também precisa ter bastante jogo de cintura, uma vez que, não raramente, algum cliente argumenta que uma loja maior está praticando preços mais atrativos para a venda de um item similar. Em situações assim, é determinante mostrar como o seu produto é feito e os motivos pelos quais é inviável precificá-lo como as grandes redes.

Voltemos rapidamente ao exemplo da Shein: como uma empresa bilionária, essa organização pode praticar preços muito mais baixos, já que as suas vendas ocorrem em larga escala.

Se você, empreendedor, tirar um tempo para explicar essas questões, o consumidor que realmente tiver interesse em fomentar o comércio local receberá melhor esses argumentos. Aliás, fazer um vídeo ou um post sobre o tema também pode ajudá-lo bastante!

4. Firme parcerias com outros comerciantes locais

Para fortalecer a comunidade, é muito importante criar parcerias com outros comércios locais no intuito de aumentar a visibilidade do negócio. Do mesmo modo, também é interessante realizar promoções conjuntas de ofertas especiais e/ou elaborar eventos colaborativos.

Outro ponto que tende a ser decisivo envolve listar a empresa em diretórios de negócios locais, como a Câmara de Comércio ou qualquer associação comercial estabelecida.

5. Interaja com os seus clientes

Não adianta muito se apresentar como um legítimo representante do comércio local e não interagir com os clientes da sua região, concorda?! Dessa forma, na verdade, estaríamos diante do mesmo nível de impessoalidade de grandes empresas, em que raramente o consumidor tem uma "troca" com os proprietários, dificultando (e muito!) uma conexão que vá além da busca de preços mais baixos.

Por isso, converse com os clientes. No dia a dia, por exemplo, interaja com os posts nas redes sociais e faça o seu público se sentir parte da comunidade — afinal de contas, ele é!

6. Foque a qualidade dos produtos

Sim, o varejo local não tem condições de competir com os grandes players em termos de divulgação e de preços extremamente baixos, como vimos. E também não há como concorrer com a produtividade da Shein, por exemplo, que utiliza IA para tirar proveito de qualquer moda momentânea com o intuito de lucrar.

Contudo, nesse sentido, como realmente os pequenos e médios empreendedores podem se destacar? Bem, por meio da boa qualidade dos seus produtos e/ou serviços, é claro. Portanto, busque bons materiais e parceiros para garantir excelentes matérias-primas e criar mercadorias inesquecíveis.

Inclusive, basicamente, o mesmo vale para quem presta serviços — como cabeleireiros e barbeiros. Um modo de se destacar é a partir da produção de vídeos que mostrem o "antes" e o "depois" dos trabalhos executados, com a autorização do público, reforçando o senso de comunidade.

7. Esteja atento às tendências

Aí vai mais um ponto de atenção: o comércio local deve estar atento às tendências de mercado para manter o negócio dinâmico. Bem, é claro que tal necessidade não significa que você precisa "surfar na onda" de qualquer moda que pintou no TikTok ou no Instagram para vender, mas que deve, sim, estar antenado ao seu ramo de atuação.

Um dos perigos de se concentrar exclusivamente no comércio local envolve se isolar — mesmo que de modo inconsciente — do que acontece no mundo, apostando sempre nos mesmos produtos. Portanto, acesse sites, veja vídeos, leia revistas: consuma tudo que for possível sobre o seu nicho para conhecer os inúmeros desdobramentos e inovar!

A propósito, a dica vale para qualquer segmento, viu?! Um padeiro pode buscar dicas de receitas estrangeiras simples e testá-las no seu estabelecimento. Uma loja de roupas pode se informar sobre os diferentes tecidos que estão em alta, de modo a produzir peças inovadoras, mas sem gastar muito. Um sacolão de bairro, por sua vez, pode diversificar as suas ofertas de produtos.

É claro que esses são só alguns exemplos. No entanto, o fato é que todo varejista local deve colocar a criatividade para funcionar, de modo a manter o seu negócio relevante de verdade.

8. Não descuide do pós-venda

Além da incrível vantagem de manter o consumidor na carteira de clientes, o estágio de pós-venda ajuda a mapear falhas e melhorar os produtos e serviços comercializados. Durante o contato com o público, o seu negócio poderá colher feedbacks sobre diversos pontos e, claro, compreender se os itens vendidos atendem às suas necessidades.

O mais legal é que, em uma empresa inserida em um cenário de comércio local, esse contato pode ser feito ao vivo — olhos nos olhos! Estamos falando de uma interação que é bem melhor do que simplesmente enviar um e-mail genérico perguntando a opinião do comprador sobre o produto/serviço.

Como saber o que o seu cliente realmente deseja?

Bem, perguntar diretamente ao seu cliente é, geralmente, o primeiro passo para descobrir o que ele realmente quer. Entretanto, em um comércio local, a medida ganha ainda mais importância. Como o objetivo é fortalecer uma comunidade, ter esse relacionamento próximo é fundamental para estreitar os laços com todos.

E não para por aí: outro modo de testar se a sua loja está agradando ao público envolve observar os números relacionados às pessoas que compram algo e nunca mais voltam. Uma boa alternativa é pedir a opinião delas, mesmo que seja necessário oferecer incentivos para que elas o ajudem, como cupons de desconto.

Também é valioso, claro, conversar com os consumidores já fidelizados. Então, que tal perguntar a eles quais são os pontos positivos do seu negócio e o que ainda precisa melhorar? Essas pessoas vivem na sua região e, provavelmente, conseguirão oferecer insights altamente valiosos sobre o perfil de quem mora ali.

Como vimos no artigo, existe, sim, espaço para quem quer se inserir no nicho de consumo local. Há cada vez mais clientes em potencial que valorizam essas iniciativas, e os motivos são os mais variados — desde a facilidade do deslocamento até o fortalecimento da economia regional. Como um "plus", o modelo de negócio é mais democrático, já que os pequenos empreendedores podem se unir para impulsionar o crescimento mútuo.

O conteúdo foi útil? Agora, aproveite a visita ao nosso site e conheça as principais habilidades que um bom vendedor deve conquistar!


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