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Mercado e Vendas | VENDA VAREJISTA
Brechó, ótima oportunidade de negócio

Uma loja de roupas e acessórios alinhada com a economia circular, que oferece ao consumidor peças únicas a preços competitivos.

· 08/07/2014 · Atualizado em 11/08/2023
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As constantes mudanças do mundo da moda e o resgate de tendências são alguns dos motivos que fazem do brechó um empreendimento atrativo para lojistas e consumidores. Além disso, esse tipo de estabelecimento pode atrair um público diversificado, entre jovens, adultos e idosos, atendendo a todas as classes sociais, com interesses que variam desde a procura por marcas famosas até a economia na aquisição de produtos.

O que é?

São populares na Europa e nos Estados Unidos, e conquistaram o seu espaço no mercado brasileiro, trata-se de uma loja de artigos usados, principalmente roupas, calçados e artigos como bolsas, bijuterias e até mesmo objetos de arte. O que antigamente era visto como uma iniciativa beneficente em bazares de igrejas ou uma opção para pessoas socialmente vulneráveis, hoje é um dos segmentos que se destacam no varejo, e recebe investimento de grandes marcas.

Tendência

“De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), no Brasil, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, houve um crescimento de 48,5% na abertura de estabelecimentos que comercializam mercadorias já usadas. Apenas nos primeiros seis meses de 2021, foram inauguradas 2104 empresas desse segmento. Já no primeiro semestre de 2020, esse número foi de 1416.”

Os brechós se destacam como exemplos na expansão do mercado de segunda mão. São muitas as razões disso acontecernos últimos anos. Veja o motivo de cada vez mais empreendedores de diversos tamanhos se interessarem por este nicho:

1. Crises financeiras

É um fenômeno mundial as crises financeiras recorrentes e atualmente as altas históricas na inflaçã. É o que destaca em entrevista exclusiva à Consumidor Moderno, o CEO da Precifica, Ricardo Ramos, sobre o mercado de segunda mão.

Este cenário faz com que o consumidor procure alternativas para continuar suprindo suas necessidades de consumo, à medida que vê seu dinheiro se desvalorizar, e as compras em brechós possibilitam ao consumidor economia que vai até 80% em relação às lojas tradicionais. Assim, a opção de comprar um produto de segunda mão é atrativo. Ricardo Ramos, analisa que na realidade brasileira com a maioria da população pertencente a classe C e D, esta demanda de mercado está muito ligada a necessidade.

2. Sustentabilidade: Economia circular

Os consumidores também têm refletido como seu consumo impacta o meio ambiente, e a economia circular é uma proposta de não extrair recursos do planeta mas aproveitar os produtos e materiais que já estão circulando, sendo o upcycling (reaproveitamento do que seria descartado) e a reciclagem caminhos nesta direção.

97% das pessoas acreditam que a moda e vestuário estão relacionadas às alterações climáticas e que têm impactos sobre o meio ambiente. Segundo a pesquisa "Possibilidades Para Moda Circular no Brasil - Padrões de Consumo, Uso e Descarte de Roupas”- Modefica, Regenerate Fashion e FGVces.

Outro fenômeno interessante é que assim como a pandemia impactou no poder de compra também refletiu no maior número de pessoas preocupadas com impacto ambiental de seu consumo Segundo um mapeamento da Economist Intelligence Unit (EIU), realizado em 2021, a busca na internet por produtos sustentáveis cresceu 71% nos últimos 5 anos. O estudo também apontou que, no Brasil, nesse mesmo período, os tuítes relacionados ao assunto aumentaram 82%. (Sebrae Inteligência setorial)

Diante destes dois movimentos que influenciam o mercado de segunda mão,  pesquisadora de moda e professora  do Senac  Larissa Henrici, alerta: “Bom, bonito e barato, os brechós ajudam o bolso do consumidor e o planeta. Mas é importante ficarmos atentos, para não replicarmos o comportamento fast fashion, das compras em excesso, só porque o produto está barato. Se as pessoas optam pelo brechó na intenção de cuidar do meio-ambiente, precisam entender que o consumo não resolve a questão em si, é preciso escolher com inteligência e fazer durar as peças. Caso contrário o impacto positivo desse consumo é minimizado”

Se você ainda não está por dentro do termo “circularidade” e “economia circular” acesse nossa biblioteca que te contamos tudo aqui e para saber sobre o cenário brasileiro de moda na economia circular acesse o relatório Fios da moda.

Brechó também é estratégia dos grandes

Casos internacionais

O mercado de usados é bem estabelecido na cultura europeia e norte-americana, ainda sim, tem apresentado muito espaço para inovação e ações interessante que podem inspirar as empresas no Brasil. Desta forma sugerimos que fiquem de olho nas marcas: Lululemon, Patagônia, REI, Allbirds, Levis e Eileen Fisher.

O Sebrae inteligência setorial destacou ações da Lululemon que lançou parceria com o portal de revenda Truve, para revenda das peças da própria marca, no qual cliente podem enviar peças usadas da Lululemon, para serem avaliadas, o cliente recebe um vale compras para novas aquisições na marca e sua antiga peça é disponibilizada na loja online de revenda.

Casos nacionais

No Brasil temos diversas iniciativas pioneiras. É o caso do site Enjoei, que iniciou em 2012 e já tem ações na bolsa, o site que começou como blog, se transformou no que se chama de “peer to peer” (P2P), onde as pessoas fazem negócios e o site faz apenas a conexão entre vendedor e cliente, além de parceria de lojinhas com influenciadores e marcas como a Farm, que também assumiu a revenda como um canal importante para a marca. Outro caso simbólico da estratégia dos grandes varejistas, é o brechó online Repassa.br que foi recentemente adquirido pelo grupo Renner consolidando ações de circularidade da marca.

Brechó no Instagram

 Existe uma grande movimentação online, no segmento para além dos sites robustos de e-commerce, que citamos por aqui, são os brechós do Instagram. Na plataforma, segundo o Catraca Livre, são mais de 5,9 milhões de menções aos produtos com a hashtag “brechó”, que possivelmente se conectam com muitas outras como: “vintage”, “garimpos” e “achados”. A lojinha do Instagram é uma alternativa de baixo custo e que requer trabalho de atualização constante das ofertas e garantir boas fotos como argumento de venda.

Já falamos por aqui no Sebrae Moda, como usar as redes sociais para vender.

Artigos de luxo de segunda mão

Outro mercado em expansão para o empresário que aposta no comércio de usados é o de artigos de luxo.

De lojas físicas a virtuais, os brechós que comercializam esse tipo de produto atendem a uma demanda de clientes que buscam roupas, óculos, sapatos e acessórios de marcas internacionais, com preços menores do que os praticados pelas lojas de luxo que levam a marca. De acordo com estimativas do mercado, é possível encontrar produtos de grandes grifes nacionais e internacionais em bom estado e com descontos que podem chegar a 70%.

O brechó funciona como um intermediário entre o dono do artigo que será vendido e o comprador. Em geral, o comerciante fica com 17% a 20% do valor que o produto foi comercializado. O faturamento vai depender do número de peças oferecidas, que vai influenciar nas vendas mensais e nos valores praticados.

Um destaque internacional no mercado de luxo, em direção a economia circular é a Gucci, que em 2020 lançou parceria com o brechó online de luxo The RealReal, criando sua própria lojinha de usados da marca no site.

Alguns exemplos consolidados no mercado brasileiro que podem ser fonte de pesquisa e inspirações são: Peguei Bode, Etiqueta única, Gringa vende, B.luxo, Fashion Recycle e Renovando o luxo.

Veja também:

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