Para ser sustentável, é preciso ser socialmente justa, ambientalmente responsável e ter viabilidade financeira.

A sustentabilidade é um dos temas do século e as micro e pequenas empresas (MPEs) não podem ficar de fora desse assunto. Em 2021, segundo dados do Sebrae, os pequenos negócios foram responsáveis por 70% das novas vagas de trabalho e por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mostrando a importância social e econômica dessas empresas para o desenvolvimento do país.
Não é possível construir uma sociedade mais sustentável sem a inserção e atuação direta das MPEs com práticas de sustentabilidade em seus ambientes de negócios. Mas, quais aspectos devem ser considerados na implementação de práticas sustentáveis?
Primeiro, é preciso entender o conceito de sustentabilidade, que pode ser definido como a capacidade de sustentar-se, de manter-se ao longo do tempo, sem gerar consequências negativas ao meio ambiente, às pessoas e à comunidade em que está inserida. Esse conceito está baseado no tripé da sustentabilidade, resultado de três dimensões:
Para uma organização ser sustentável, é preciso que ela seja socialmente justa e ambientalmente responsável, além de ter viabilidade financeira. Reforça, ainda mais, a necessidade da manutenção da sustentabilidade econômica do negócio.
Para agregar valor, as empresas podem estimular atividades ligadas à educação, cultura, lazer, preservação de recursos naturais, bem-estar e justiça social. Assim, ser sustentável é saber definir as ações e iniciativas da empresa pela ética e pelo respeito ambiental, promovendo o desenvolvimento e o fortalecimento da própria organização e de todos que se relacionam com ela.
Importância de práticas sustentáveis
Os consumidores, financiadores e a sociedade estão mais exigentes, optando por empresas que oferecem produtos e serviços de forma sustentável. Organizações que demonstrem consciência da sua relevância para a sustentabilidade socioambiental.
Mesmo com custos iniciais necessários, investir em sustentabilidade gera muitas vantagens, como:
- Imagem positiva da empresa e fidelização de clientes.
- Facilidade no acesso ao crédito e financiamento.
- Redução no custo de produção, pois diminui a necessidade de insumos e se reduz os desperdícios.
- Identificação de novas oportunidades de negócios.
Outro ponto importante é que muitas empresas grandes que têm parcerias e contratos com as MPEs estão exigindo um sistema produtivo, desde os fornecedores, com práticas e estratégias de sustentabilidade.
Assim, a pequena empresa que resiste em operar com a agenda de sustentabilidade pode ter dificuldade de sobrevivência. Essa agenda é mais do que um nicho de mercado, trata-se de um padrão que deverá fazer parte da visão estratégica das micro e pequenas empresas.
Como implantar a agenda de sustentabilidade
Cada empresa deve encontrar suas próprias estratégias, levando em conta as suas características e suas atividades produtivas. Não bastam apenas procedimentos teóricos, é necessário a mudança de cultura e de hábitos. É preciso promover ações eficientes e de boas-práticas, acompanhadas de tecnologia, comprometimento e recursos humanos.
Muitas vezes, pequenas medidas podem colaborar com uma sociedade mais sustentável. Podemos citar alguns exemplos, como o compromisso com a redução e reaproveitamento de resíduos, o uso eficiente de energia ou energia renovável, como placas fotovoltaicas para energia solar, ou campanhas e sociais para os funcionários e a comunidade em seu entorno.
Importante destacar que se trata de uma jornada, e é preciso fazer uma boa análise e planejamento, com ações que caibam no orçamento. As MPEs só têm a ganhar com a decisão de produzir de forma mais sustentável. Cabe aos micros e pequenos empresários estarem atentos a essa agenda e se adaptarem a essa realidade.
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