A sustentabilidade é uma pauta muito importante, mas existem empresas que fazem uma espécie de lavagem verde na mente do consumidor. Conheça aqui o que signific

De modo geral, a empresa que não aproveita a visibilidade que a internet traz perde grandes oportunidades de negócio. Ao passo que construir uma presença online requer um planejamento estratégico em busca de impressionar e cativar o público-alvo. Entretanto, há quem trace esse caminho com a prática do greenwashing.
Atualmente, assuntos como diversidade, inclusão e tecnologia estão muito em pauta. Afinal, o consumidor moderno faz inúmeras concessões antes de adquirir determinado produto ou serviço em uma marca específica. Entre eles está a relevância que as empresas apresentam a certos temas que eles julgam de extrema importância.
Nesse caso, trata-se da preservação do meio ambiente e a diminuição de atividades nocivas ao homem e aos outros seres vivos. Por isso, é importante conhecer a fundo tal termo e identificar quando uma companhia usa essa proposta para enganar a sociedade e propagar princípios que ela não pratica ou nos quais não acredita. Continue conosco e tenha uma boa leitura!
O que é greenwashing?
Em suma, trata-se de um termo em inglês que significa lavagem verde. Ou seja, é quando uma marca usa de argumentos que propagam que ela é amiga da natureza, contribui para a preservação das espécies e engaja ações sociais por um mundo melhor. Entretanto, é apenas uma forma de enganar o consumidor com um falso marketing ambiental.
Como bem sabemos, a valorização do meio ambiente cresceu bastante. Obviamente, ainda é preciso muitas mudanças em busca de consertar o cenário catastrófico em que vivemos, mas, mesmo assim, existem grupos e entidades que preservam ideais ecológicos, bem como práticas que valorizam a sustentabilidade na rotina das pessoas.
Ademais, esse é um assunto que chama atenção das pessoas e agrega valor às marcas. Afinal, muitos indivíduos querem focar em melhores condições de vida e cabe às empresas agirem como grandes facilitadoras nesse processo de mudança. No entanto, em que adianta propagar uma ideia e agir de maneira totalmente contrária?
Sob esse ponto de vista, é muito fácil uma organização aproveitar de certos temas que são grandes tendências na sociedade para chamar atenção à sua imagem. Contudo, é necessário ter cuidado, uma vez que alguns usam essa tática em busca de vender mais produtos e propagar a máxima de que eles são ecologicamente corretos e não agridem o meio ambiente – quando é, na verdade, o oposto.
Como funciona essa prática?
No que lhe concerne, o greenwashing detém práticas muito peculiares, mas que podem ser muito bem identificadas por meio do olhar analítico do consumidor. Primeiramente, é possível notar que eles se dizem lutar por ideais ecológicos e pela preservação do meio ambiente.
No entanto, eles apoiam leis e atividades que desvalorizam a natureza e os recursos naturais, além de falácias ou informações falsas nos rótulos dos produtos e nas demais peças de campanhas. Afinal, a ideia é engajar os que são amigos do verde e tais itens colaboram para a propagação de uma vida com foco em hábitos sustentáveis.
Vale lembrar também que boa parte dessas empresas oferece apoio em determinados programas com total direcionamento na sustentabilidade. Entretanto, é apenas fachada em torno de fortalecer seu diferencial competitivo e chamar atenção das pessoas diante da concorrência.
Outra prática muito corriqueira é dizer que sua mercadoria traz benefícios à natureza. Contudo, eles dispõem de ingredientes que provocam mais desperdício que uma solução comum no mercado. Por isso, é muito importante conferir essas informações com a ajuda da internet e saber o que o público tem a falar sobre tal marca.
Essa é uma prática muito banal na atualidade. Os consumidores gostam de dividir experiências na internet em redes sociais, fóruns e demais sites de avaliação. Nesse caso, é um ótimo método para conhecer a fundo a verdadeira realidade dessas companhias que propagam uma proposta e fazem outra completamente contrária.
Para que serve o greenwashing?
O diferencial competitivo é uma meta que muitas empresas desejam atingir. Entretanto, algumas costumam ir por caminhos que levam a resultados a curto prazo e que não dispõem de boas práticas na relação entre cliente e empresa. Afinal, é essencial conquistar a confiança do consumidor para iniciar uma parceria de sucesso.
Sob esse ponto de vista, o greenwashing é uma tentativa de tocar o coração das pessoas com apelos emocionais em campanhas que focam na sustentabilidade. Assim, eles obtêm um bom posicionamento de marca e engajam uma boa imagem nesse público que cresce constantemente no Brasil.
Segundo dados da Opinion Box, 82% dos brasileiros consideram esse tema como bastante relevante na atualidade. Aliado a isso, o mesmo estudo fala que 62% da população, sem nenhum tipo de problema, prefere optar por uma aquisição com valor mais elevado de algum item considerado verde ou eco-friendly.
Ou seja, existe uma grande quantidade de indivíduos com foco em melhorar a qualidade de vida e preservar os bens naturais. Nesse caso, é uma grande oportunidade de negócio aos que desejam empreender nessa área. No entanto, há sempre aqueles que enganam o público-alvo por meio dessa lavagem verde. Nesse caso, é importante ficar bem atento.
Quais são os potenciais prejuízos desse tipo de estratégia?
Além de gerar um mal-estar no público externo, por conta das mentiras que propagam por meio dessa camuflagem verde, o greenwashing também gera danos na vida dos colaboradores. Como bem sabemos, a importância em ser eco-friendly não passa de uma forma de enganar o público-alvo e conseguir a atenção deles na venda de produtos.
Na verdade, nenhuma dessas práticas está presente no dia a dia da empresa. Ao passo que, porventura, nem mesmo o investimento em higiene ocupacional ocorre. Assim, torna-se um ambiente completamente hostil e que não valoriza a rede de talentos de que dispõe. Consequentemente, os profissionais ficam insatisfeitos, ou ocorre uma grande rotatividade de pessoas.
Sem contar nos desperdícios com copos descartáveis, papéis e demais gastos que poderiam ser evitados com ações de endomarketing que melhorem a conscientização de todos e trazem uma cultura organizacional com foco na redução de custos. Entretanto, prevalecem apenas medidas que só desfavorecem o bem-estar de quem trabalha para eles.
Como identificar esse tipo de empresa?
Diante dessa realidade do greenwashing, consumidores e donos de empresas ficam preocupados com essa situação. Afinal, tanto em B2B quanto em B2C, a parceria com marcas que cometem essa lavagem verde também desfavorece a sua imagem. Logo, é necessário atentar a essa tática, uma vez que as autoridades já têm conhecimento dela.
De modo geral, desde a década de 1990, ocorrem discussões para modificar esse cenário e fazer com que mais pessoas fiquem atentas a esse falso marketing ambiental. Um claro exemplo disso é a publicação do Green Guides, nos Estados Unidos, e certas práticas publicitárias que, no Brasil, que unem empresas, consumidores e até o próprio governo.
Em todo caso, é interessante aprender de que maneira é possível identificar quando determinada marca propaga tal camuflagem. Logo, continue conosco e veja as informações dos subtópicos seguintes.
Custo ambiental camuflado
Alguns produtos podem até ser sustentáveis, mas todo o seu ciclo de vida demanda gastos e desperdícios que se distanciam dos princípios da sustentabilidade. Ou então, destacar informações de ingredientes nos produtos que já são proibidos por lei.
Falta de provas
Em suma, dizer que o produto é ecologicamente correto não é suficiente. Ademais, é necessário que ele passe por uma fiscalização de algum órgão governamental. Nesse caso, sem a apresentação dessas provas, é possível perceber que você está diante de uma lavagem verde.
Generalidade
Normalmente, os produtos de greenwashing trazem informações muito generalizadas nos seus rótulos. Assim, não apresentam provas, e fica fácil perceber que estão diante de custo ambiental camuflado.
Quais são os casos de greenwashing no Brasil?
Aqui no Brasil, tivemos o caso do guardanapo da marca Carrefour. Em suma, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) identificou informações verdes falsas nesse e em mais 12 produtos dessa marca tão popular no mercado.
Há também o caso da Fiat 2017. Eles receberam uma advertência do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) por propagarem um pneu Superverde. De modo geral, o uso e descarte do material não iam de encontro às práticas ecológicas propostas. Logo, tiveram que mudar toda a campanha e viraram um case greenwashing.
Mundialmente, houve o caso da Nestlé. No que lhe concerne, ela propagou o seguinte slogan: "Água em garrafa é o produto mais ambientalmente responsável do mundo". Consequentemente, essa fala incomodou muitos grupos que ajudam a propagar práticas de preservação ambiental. Pouco tempo depois, a empresa se retratou ao público.
Para finalizar, queremos alertar que a prática de greenwashing causa sérios problemas para a empresa. Ao passo que, quando o consumidor se sente enganado, ele propaga a má impressão que teve com sua marca, e esse e outros depoimentos poderão desfavorecer sua imagem. Consequentemente, serão necessários gastos com rebranding para mudar o conceito negativo que sua empresa deixou.
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