O excesso de vendas a crédito pode prejudicar o fluxo de caixa

Quando bem utilizado, o crédito aquece a economia, pois facilita o consumo de bens e serviços pelas pessoas. No caso das empresas, por exemplo, fornece condições para que se invista no seu crescimento. Importante destacar que o crédito consciente é uma necessidade que vai além da aquisição de bens ou serviços.
É fato que oferecer parcelamento, seja por cheque pré-datado ou cartão de crédito, facilita a o pagamento do cliente, especialmente quando o preço do produto ou serviço é alto demais para ser feito de uma vez só. Contudo, se essa prática for muito frequente e o empreendedor – principalmente o pequeno e microempresário – não estiver preparado, pode se deparar com um caixa mensal desequilibrado no que diz respeito ao volume de vendas a prazo e o volume de vendas em dinheiro (ou débito) e ter problemas de liquidez que impactarão a vida financeira do negócio.
Um exemplo é a falta de dinheiro em caixa, em determinado momento do mês, para se pagar o salário de um empregado ou fazer as compras de reposição de estoque de mercadorias e insumos. Quando isso acontece, muitos lojistas recorrem à chamada antecipação de recebíveis, um recurso oferecido pelos bancos para creditar em conta o valor de parcelas a vencer.
Porém, tal operação de crédito tem seu preço, materializado na forma de cobranças de juros e de descontos sobre o valor principal. Assim, se esse serviço é contratado com frequência, o lucro da empresa pode ir para o ralo, criando-se uma bola de neve de endividamento que inviabiliza todo o fluxo de caixa. Portanto, o aumento desenfreado de gastos tem potencial para fechar as portas do negócio, independentemente do ramo e do tamanho da empresa.
Vale lembrar que o fluxo de caixa é a linha do tempo que marca as entradas e saídas de capital e, por isso mesmo, é um dos mais importantes conceitos financeiros que o empreendedor deve conhecer. Além dos ativos, ele mostra também os compromissos honrados pela empresa, como gastos que sempre existirão, tais como: água, luz, internet, impostos, fornecedores etc. Lembrar disso antes de se incorrer em qualquer gasto – inclusive na tentação de antecipar recebíveis – é primordial para um bom controle financeiro.
Desse modo, entre as medidas para uma boa gestão financeira, está a manutenção de um equilíbrio entre as vendas a prazo e à vista. Uma saída comum para harmonizar o fluxo de pagamentos e recebimentos é oferecer descontos ou fazer promoções que incentivem o cliente a comprar à vista.
Agora que você já sabe a importância do balanço entre as receitas geradas pelas vendas e os gastos realizados, não deixe de conhecer mais sobre como fazer um bom planejamento financeiro. A questão vai muito além de apenas não deixar os gastos ultrapassarem o valor recebido pelo caixa. A cultura do planejamento ajuda a definir, de forma clara, quais são as metas, os prazos e os projetos do seu negócio. Que tal começar a se preparar hoje mesmo? O Sebrae oferece o caminho!
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