Por que a delegação de tarefas é importante para o negócio? Entenda
Neste artigo, mostraremos os principais benefícios que podem ser obtidos com essa delegação. Acompanhe!

Não é raro encontrar empresas que iniciaram as suas atividades do mais absoluto zero e foram crescendo ao longo do tempo apenas com uma ou duas pessoas trabalhando. Com o tempo, esses empresários notam a importância da delegação de tarefas.
Basicamente, é um processo que tem por objetivo transferir tarefas operacionais e, até mesmo, mais simples para outras pessoas. Isso permite que os empresários foquem mais na gestão do seu negócio do que na própria execução.
Benefícios da delegação de tarefas
Iniciaremos este conteúdo mostrando as principais vantagens que você e o seu negócio podem conquistar com uma delegação de tarefas eficiente. Acompanhe!
Maior foco nas questões estratégicas
Primeiro, a partir do momento em que implementar a delegação de tarefas, você perceberá que será possível manter o foco, mas nas questões estratégicas da sua empresa, e não tanto nas operacionais. No início, muitos empresários precisam dar conta da gestão da empresa e de todas as estratégias que envolvem essa tarefa complexa, além de executar atividades operacionais.
Não é difícil encontrar estabelecimentos comerciais, como lojas, em que o empresário negocia compras com o seu fornecedor, se relaciona com o cliente, faz o trabalho do caixa, a gestão financeira e todas as tarefas que envolvem o negócio. Durante certo tempo, isso é inevitável, pois a empresa no início, não tem recursos suficientes para montar uma equipe responsável por cada uma dessas áreas.
Porém, quando chega o momento em que a delegação de tarefas é possível, o empresário pode se distanciar um pouco dessa parte operacional e cuidar de elementos que, efetivamente, precisa fazer para potencializar os seus resultados.
Eliminação de potenciais erros
Empresários que estão muito ligado com as questões operacionais de seus negócios não conseguem enxergar potenciais erros que acontecem diariamente dentro da empresa. Ao delegar algumas tarefas você terá mais disponibilidade e atenção para avaliar processos que podem estar errados e, consequentemente, prejudicando os resultados da sua empresa.
Aprimoramento da competência da equipe de trabalho
Delegar tarefas também contribui para o aprimoramento da competência da sua equipe e, até mesmo, a motivação de seus colaboradores. Quando você transmite funções para um funcionário, gera na mente dele a ideia real de que ele é importante para a empresa.
Consequentemente, o trabalho desse colaborador costuma ser realizado com mais foco, produtividade e determinação. Além disso, você contribui para que ele se qualifique cada vez mais e utilize todo esse conhecimento dentro da sua própria organização.
Possibilidade de estudar sobre o negócio
Delegar tarefas também gerará a oportunidade de você estudar mais sobre o seu ramo de negócios. Isso acontecerá em questões relacionadas à atividade em si e também às questões relacionadas à administração, gestão e contabilidade.
Muitas dessas tarefas não serão executadas operacionalmente por você, porém é preciso conhecê-las a fundo para conseguir transmitir esse conhecimento aos colaboradores responsáveis pela execução prática de cada um desses setores.
Aproveitamento do networking
Por fim, a delegação de tarefas também permite que você participe de eventos e acontecimentos diversos relacionados ao seu segmento de mercado. Esses momentos são essenciais para contribuir com o networking — o que pode trazer oportunidades de negócios para a sua empresa.
Formas de colocar a delegação de tarefas em prática
Você pôde perceber nos itens anteriores que a delegação de tarefas é algo extremamente importante, que proporciona benefícios tangíveis e que são convertidos na melhora dos resultados.
Mas pessoas costumam não utilizar essa estratégia por dois motivos simples. Primeiro, por medo de seus colaboradores não serem capazes de realizar as atividades com o mesmo grau de qualidade que você ou seus sócios executam.
Isso é facilmente resolvido com boas estratégias de treinamento e reciclagem para os colaboradores que receberam as novas tarefas. O segundo motivo é que existem aquelas pessoas que, de fato, não têm ideia de como fazer esse processo dar certo.
Para tanto, elaboramos algumas dicas para que você coloque em prática a partir de agora e comece a delegar tarefas dentro da sua empresa. Continue lendo!
Conheça o trabalho da sua equipe
A primeira coisa que tem que ficar muito clara em sua mente é que não existe a menor possibilidade de pensar em delegação de tarefas sem conhecer a fundo o trabalho que vai ser realizado pela sua equipe, bem como aqueles que ela já executa.
Primeiramente, você tem que ter a sensibilidade de entender se a quantidade de pessoas que trabalham na sua empresa, hoje, é capaz de suprir a necessidade ou demanda de trabalho. Feito isso, também é importante que você estude, de forma aprofundada, todos esses trabalhos, para conseguir identificar qual atribuição pode ser direcionada para colaboradores com perfis específicos.
Por exemplo, imagine que você deseja transmitir a responsabilidade pela gestão da equipe de vendas para um dos seus colaboradores que pertencem a esse time. Nesse caso, é preciso conhecer bem o trabalho, para que possa identificar qual dos seus colaboradores tem um perfil mais adequado para assumi-la.
Se você não conhece as atividades, os fluxos de trabalhos realizados no seu negócio correm um sério risco de sofrer prejuízos consideráveis quanto a qualidade que vai ser entregue. Isso também pode gerar uma sobrecarga na sua jornada de trabalho, tendo em vista que você terá que assumir a posição e corrigir eventuais erros que tenham acontecido.
Escolha as tarefas a serem delegadas
Com base no que foi mencionado, também é fundamental que você escolha com cuidado as tarefas que serão delegadas. Alguns empresários confundem esse conceito e acreditam que a delegação de tarefas consiste em entregar a sua empresa na mão de seus colaboradores e deixar as coisas caminharem sozinhas.
Apesar de isso ser possível em segmentos muito específicos, não é disso que estamos tratando neste conteúdo. Existem algumas tarefas que não podem ser delegadas e que devem ser feitas por você. Imagine, por exemplo, o trabalho de relacionamento com um fornecedor importante, com o qual você conseguiu excelentes descontos por um longo período de tempo.
Nesse exemplo específico, colocar uma pessoa desconhecida para negociar com esse fornecedor a partir de determinado momento pode colocar em risco o seu relacionamento com ele. Além disso, existem empresas em que o empresário é o principal gerador de receita para o negócio.
Por exemplo, imagine uma confecção em que a empresária é a principal costureira e a razão número 1 de seus clientes gostarem daquelas peças. Muito da parte produtiva dessa empresa não poderá ser delegada. Afinal, os clientes têm interesse no trabalho específico da empreendedora, e não de um outro colaborador.
Por isso, é essencial ter muito cuidado na hora de delegar as tarefas e escolher aquelas que, efetivamente, podem ser transmitidas para outros colaboradores sem gerar prejuízos para as receitas da empresa, a organização administrativa e alguns tipos de relacionamento que ela tenha com outras empresas ou pessoas físicas.
Acompanhe o andamento
Depois de conhecer bem as tarefas que podem ser delegadas é importante acompanhar o andamento desse processo. Como você já sabe, não é possível transmitir tarefas para a sua equipe e acreditar que já está tudo certo.
Será preciso dedicar um tempo acompanhando de perto cada uma das tarefas delegadas e promover ajustes em algumas delas. É importante ter em mente que nem todo colaborador terá a mesma habilidade que você para determinadas funções. Nesse sentido, é importante entender que as pessoas têm uma curva de aprendizado até conseguirem executar uma tarefa com maestria. Por isso, nessa etapa, é importante o acompanhamento de cada um dos profissionais que receberam tarefas.
Colha e dê feedbacks
Por fim, também é importante que você colha feedbacks da sua equipe depois que o trabalho estiver funcionando de forma descentralizada Todos os colaboradores envolvidos devem ser ouvidos — tanto aqueles que receberam novas atribuições quanto os outros que se relacionam com eles.
Por exemplo, imagine que você passou a responsabilidade do setor financeiro da empresa para um colaborador. É importante ouvir o feedback desse funcionário que assumiu o posto, bem como dos outros que têm as suas atividades relacionadas com a dele.
Ilustrando melhor, você pode colher informações com o responsável pelo departamento de contas a receber ou a pagar, com alguns clientes ou fornecedores e até prestadores de serviços externos, como de contabilidade.
O foco não é fazer uma análise de desempenho desse colaborador no momento, mas, sim, entender se ele está adaptado à nova função e verificar a possibilidade de fazer ele passar por uma reciclagem para melhorar cada vez mais o seu trabalho nesse novo setor, sempre respeitando o tempo que cada pessoa precisa para se adaptar a uma nova realidade.
Seguindo estas dicas, você colocará em prática a delegação de tarefas, e a sua empresa sentirá os efeitos positivos que isso proporcionará, especialmente em relação ao foco nas questões estratégicas e nas questões que, efetivamente, geram resultados para o negócio.
Gostou deste artigo? Que tal aprender um pouco mais sobre um assunto relacionado a este que acabou de ler? Então, confira o post que preparamos. Nele, mostraremos como você pode melhorar o desempenho da sua equipe de vendas.
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Na última década, um assunto ganhou destaque dentro das empresas e tem feito não só os os departamentos de recursos humanos, como também as diretorias das organizações, pensarem em mudanças e reformulações das políticas internas: a Síndrome de Burnout. Trata-se de um problema capaz de afetar o rendimento dos colaboradores e, em casos mais graves, provocar baixas no quadro de funcionários — que acaba comprometendo, consequentemente, o desempenho e o alcance de metas do negócio. Porém, você sabe do que realmente se trata essa síndrome, as causas dela, como evitá-la e tratá-la? Se a resposta foi negativa, fique tranquilo. Neste post, você vai entender tudo a respeito do assunto. Acompanhe para saber mais! O que é a Síndrome de Burnout? Indo direto ao ponto, a Síndrome de Burnout é um estado de fadiga física e, principalmente, mental que a pessoa vivencia no trabalho. Durante esses episódios, o profissional se sente incapaz de se concentrar, memorizar e realizar qualquer tarefa, por mais simples que ela seja. Em paralelo a isso, há um sentimento constante de baixa criatividade, negação das próprias habilidades e competências e a necessidade de se isolar socialmente — o que acaba afetando a relação com os colegas de equipe. Devido a tudo isso, o desempenho da pessoa vai caindo drasticamente, e ela passa a dar cada vez menos importância à própria carreira. Essa é uma disfunção prevista na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), que é o registro oficial adotado pelos conselhos de medicina ao nível global para a identificação de fenômenos que afetam a saúde e o bem-estar das pessoas. Portanto, ao ser diagnosticada por um médico, essa se torna uma causa oficial para faltas justificadas ao trabalho e, dependendo da seriedade dos sintomas, até mesmo, para afastamento total das atividades laborais por tempo indeterminado. "Então isso significa que ela é uma doença ou, mesmo, um transtorno mental?" — você pode estar se questionando. Embora essa seja uma associação bastante comum, a resposta é negativa. Na 11ª edição do CID, que será lançado em 2022 substituindo a atual versão, mas que já pode ser acessado virtualmente pelo portal da Organização Mundial da Saúde (OMS), fica bastante claro o que, afinal, é a Síndrome de Burnout: ela não é doença, nem transtorno mental, mas, sim, o resultado de uma exposição contínua a situações de estresse no ambiente em que a pessoa atua. Em outras palavras, quando o estresse atinge um nível crônico — isto é, que é de longa duração —, o profissional desenvolve um quadro comportamental e psicológico, em que apresenta os sintomas já mencionados e vai, a longo prazo, se tornando incapaz de continuar exercendo as atividades da rotina. Contudo, tenha atenção: esse quadro não interfere em outros aspectos da vida do indivíduo, sendo detectado e manifestando, como mencionamos lá no início, somente no trabalho dele. Mas aqui é importante fazer uma observação: caso a pessoa que tem essa síndrome siga passando por episódios estressantes e não faça o tratamento adequado, isso pode dar margem para que ela desenvolva, de fato, transtornos mentais graves, como depressão, fobias e transtorno do pânico. Quais são os números da Síndrome de Burnout no Brasil? Segundo levantamento anual da Previdência, em 2019, houve cerca de 455 afastamentos de profissionais do local de trabalho por conta da Síndrome de Burnout. O número pode não parecer tão alto à primeira vista, mas, quando comparamos com os resultados de 2018 — que indicavam 309 afastamentos —, constatamos um crescimento de 32,10% em um ano. Os dados ficam ainda mais preocupantes quando pegamos o primeiro relatório do órgão, divulgado em 2006, sobre os cidadãos que recebem auxílio-doença do INSS. Naquele período, simplesmente não houve nenhum caso oficial registrado. Ou seja, em um intervalo de 13 anos, houve um aumento de 455% de novos casos. Além desses dados específicos sobre a Síndrome de Burnout, há pesquisas realizadas em território nacional que apontam a relação cada vez mais crescente entre estresse e vida profissional — que é justamente a origem dessa disfunção. Uma delas é a sondagem do Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS), que aponta que 34% da população brasileira lida diariamente com um estresse excessivo, sendo que, para 16,58% dos entrevistados, o terceiro principal motivo causador dessa situação rotineira de esgotamento mental é a sobrecarga no trabalho. Por sua vez, o International Stress Management Association (ISMA) produziu um levantamento internacional sobre o estresse dentro das organizações e estipulou que o nosso país figura em primeiro lugar entre os países do Ocidente quando se trata do assunto. Tanto é que, segundo o instituto, os casos de Síndrome de Burnout já atingem cerca de 32% dos trabalhadores brasileiros, embora apenas uma parcela irrisória realmente receba o diagnóstico médico e chegue a se afastar ou, mesmo, se desligar do local onde atua. Logo, se levarmos em conta a projeção atual do IBGE para a população (de 212 milhões de cidadãos), esse percentual representará mais de 67 milhões de pessoas. Trata-se de um número muito alto. Como esse problema se desenvolve dentro das empresas? Ao contrário do que alguns podem acreditar, a Síndrome de Burnout não tem preferência por um tipo específico de colaborador, como aqueles que realizam muitos afazeres braçais, tarefas criativas ou, então, atividades tecnológicas. Na realidade, qualquer indivíduo, independentemente da posição dele na hierarquia da organização, pode enfrentar esse problema em algum momento da carreira. Afinal, há um padrão já identificado nas causas dessa disfunção, que inclui: jornada de trabalho muito longa e cansativa; realização frequente de atividades em situação ou local de risco, que demandam cuidados extras para a própria proteção; acúmulo de funções complicadas para um único cargo — inclusive de áreas que o colaborador não domina; necessidade de fazer horas extras ou levar trabalho para casa para dar conta da quantidade de tarefas e prazos apertados; constante desvalorização por parte da equipe e, em especial, dos supervisores; excesso de cobranças, críticas e julgamentos por parte dos superiores; conflitos (como desentendimentos e agressões) que tumultuam e deixam o clima organizacional pesado; ambiente de trabalho sem os equipamentos, materiais e acessórios necessários para as atividades do profissional, especialmente aquelas feitas de modo repetitivo e em grande volume. Como as organizações podem ajudar os colaboradores a evitarem esse problema de saúde? Como você viu no tópico anterior, os excessos de situações, experiências e dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho levam os colaboradores ao limite, tornando-se estímulos estressores responsáveis por gerar um estresse crônico na vida deles. Por isso, se as organizações querem ajudá-los e criarem um local humanizado, empático e verdadeiramente acolhedor, capaz de proporcionar satisfação profissional, é preciso que elas repensem e reestruturem a relação que têm com os funcionários. Como? Por meio de ações, como novas normas internas de conduta, adoção de fluxos de trabalho, flexibilização da jornada de atuação, cobrança de metas coerentes com a realidade da organização e delegação rotatória de atividades. Além disso, também é importante a oferta dos recursos necessários para as tarefas dos colaboradores, a criação de espaços para lazer e descanso dos trabalhadores e o estabelecimento de uma cultura de feedbacks — para que a companhia tenha um retorno do que os funcionários acham do trabalho e conheça os limites pessoais deles. Como se dá a reintegração de alguém diagnosticado com Síndrome de Burnout? Após o processo de afastamento do cargo — que pode ser feito de forma interna e amigável entre colaborador e empresa ou por meio de ações na Justiça do Trabalho —, o profissional tem a oportunidade de fazer o tratamento adequado e, uma vez curado, retornar ao emprego. Essa reintegração deve ser acompanhada de perto, tanto pelo RH quanto pela coordenação do setor em que ele trabalha. Isso é importante para que sejam removidos os elementos estressores identificados no ambiente de trabalho, a jornada laboral seja ajustada dentro dos limites previsto na lei e o volume de tarefas seja remanejado entre a equipe. Além disso, não só o funcionário com a síndrome, como também os colegas dele devem ter acompanhamento regular de um psicólogo organizacional que vai desenvolver, junto desses colaboradores, ações com foco em desenvolvimento pessoal, inteligência emocional, saúde mental e qualidade de vida. Afinal, é importante lembrar: qualquer pessoa pode desenvolver esse problema. Portanto, é crucial atuar na prevenção dele. Como é o tratamento da Síndrome de Burnout? Depois de tudo o que já falamos sobre a Síndrome de Burnout, você deve estar se questionando sobre um ponto muito importante: qual é o tratamento para esse problema? Por isso, saiba que existem duas possibilidades, cada uma indicada para um caso diferente. A primeira é quando a pessoa tem essa síndrome, mas ela não evolui a ponto de desencadear transtornos mentais adjacentes. Nesse caso, o tratamento é realizado exclusivamente com um psicólogo com quem ela terá sessões semanais de terapia. Ao longo desses encontros, o profissional vai conduzi-la por um processo de reavaliação das escolhas feitas na carreira e como elas impactam no bem-estar mental e na qualidade de vida. Além disso, vai ajudá-la a trabalhar o controle emocional, a lidar com o estresse no ambiente laboral e, em especial, a mudar atitudes e comportamentos que não só facilitam a progressão de disfunções iguais a essa, como também contribuem diretamente para o agravamento dos sintomas delas. A segunda alternativa, por sua vez, é quando o indivíduo está com a Síndrome de Burnout e ela chegou a um ponto bastante crítico, levando ele a desenvolver um ou mais transtornos mentais que podem precisar de medicamentos para conter e reduzir os sintomas físicos. É o caso, por exemplo, da depressão, da distimia, do transtorno da ansiedade generalizada, da tricotilomania, do transtorno de estresse agudo etc. Por conta disso, além das sessões semanais com o psicólogo — que seguem sendo indispensáveis —, a pessoa deverá fazer um acompanhamento psiquiátrico mensal como complemento ao tratamento. Assim, o médico vai avaliar a resposta do indivíduo aos remédios e estipular o período que ele deve seguir tomando cada um. Como mostrado, a Síndrome de Burnout é um problema sério e que merece um esforço conjunto por parte das empresas, não só para combatê-lo, mas também para preveni-lo. Afinal, muito mais do que visar a resultados positivos para os negócios, essa é uma ação em prol do capital humano que constrói e dá voz às organizações. Portanto, cuidar dos seus colaboradores também é um investimento a longo prazo no seu empreendimento. Gostou do assunto deste post? Então compartilhe ele nas redes sociais e ajude a alertar mais pessoas sobre o que é a Síndrome de Burnout!
Diante do cenário de pandemia de coronavírus, recessão econômica, diminuição das vendas e necessidade de adaptar o modelo de negócio, os profissionais estão sujeitos a muitas adversidades e dificuldades pessoais. São tempos de insegurança, isolamento e redução de atividades que impactam diretamente a qualidade de vida da equipe. A gestão emocional no negócio deve ser uma prioridade, especialmente em um momento tão delicado quanto o atual. Como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é em 10 de Setembro, o mês se tornou alvo de importantes campanhas em busca de apoio à sociedade e de auxílio na promoção da saúde mental. Preparamos este conteúdo especial com diversas informações sobre como fazer a gestão emocional na sua organização. Continue acompanhando para aprender mais sobre o tema! O que é Setembro Amarelo? O Setembro Amarelo é uma campanha de nível mundial para a prevenção do suicídio, criada em 2014 pela parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina. De acordo com a página do Setembro Amarelo, no Brasil, são registrados 12 mil suicídios por ano, sendo 96,8% deles relacionados a transtornos mentais. Esse cenário complexo é agravado pelas condições atuais geradas pela pandemia de coronavírus, que traz medo, imprevisibilidade e insegurança para o time. Assim, a gestão emocional da empresa torna-se um importante fator de proteção e apoio para os colaboradores. O gerenciamento das emoções relaciona-se com trabalhar questões que dizem respeito à qualidade de vida e ao bem-estar do profissional na atividade. A proposta é criar condições para o acolhimento dos funcionários, fornecendo uma estrutura para abordar aspectos de um melhor relacionamento com o trabalho e entre os colegas. Isso significa fortalecer o diálogo, estimular os laços de apoio e criar políticas para a promoção da saúde mental do time. Como fazer uma boa gestão emocional na sua empresa? Conforme vimos, a gestão emocional na empresa é essencial, principalmente em um momento delicado como este de pandemia, no qual há uma nova normalidade tendo de ser criada. Vamos mostrar, a seguir, diversas estratégias para você realizar esse processo com sucesso. Veja mais e busque aplicá-las! Utilize uma abordagem multidimensional O negócio não é feito só de números, dinheiro e vendas. É preciso olhar para as situações de forma multidimensional. Isso significa evitar as visões simplistas e raciocínios muito lineares, de causa ou consequência diretas. É necessário que se analise os processos a partir de uma visão que acolhe as múltiplas variáveis envolvidas e a dinamicidade entre os fatores associados. Quando se trata de gestão emocional, é essencial aplicar um ponto de vista multidimensional para apoiar a equipe. O diálogo e análises cuidadosas são importantes, levando em consideração todas as questões implicadas no problema e as possíveis consequências associadas. Dirija sua atenção a outro lugar, quando necessário Em muitos momentos, acontecem conflitos ou situações na empresa, que trazem algumas complicações e podem gerar consequências danosas. Tentar resolver esses problemas com rapidez excessiva e com os ânimos exaltados não é uma boa alternativa. A proposta é dirigir a atenção para outro ponto primeiro, esperar o momento oportuno, quando todos já estão mais calmos, e então construir soluções em conjunto. As dificuldades socioemocionais, às vezes, precisam ser observadas de diferentes pontos de vista e com perspectivas mais abertas. Dessa forma, procure avaliar a fundo as dificuldades, sempre considerando as raízes e as potencialidades dos colaboradores envolvidos. Procedendo assim, é possível desenvolver alternativas viáveis e positivas para a equipe. Desenvolva inteligência emocional A inteligência emocional é a habilidade de reconhecer e avaliar as emoções próprias e dos outros e lidar adequadamente com esses sentimentos. É um trabalho cuidadoso, que se desenvolve aos poucos e demanda bastante esforço por parte do indivíduo. Um bom gestor deve ter inteligência emocional para auxiliar os profissionais no dia a dia e oferecer o apoio necessário nas demandas que surgirem. A proposta é manejar as questões emocionais de forma construtiva e compreensiva, utilizando estratégias que incentivam e engajam os colaboradores na realização das atividades. Para isso, é essencial criar um clima receptivo, acolhedor e produtivo. No contexto atual de quarentena, muitas pessoas enfrentam dificuldades para se adaptar ao home office, por exemplo. A ideia não é interpretar isso a partir de uma má vontade do funcionário, mas, sim, entender o que está envolvido nessa situação. Afinal, o ambiente de casa é mais propício para a desconcentração, pois pode haver crianças e animais no local, além das demandas domésticas. Muitos profissionais têm casa pequena, sem um escritório preparado para o trabalho e com pouca infraestrutura para a realização das tarefas. Isso se associa ao fato de que a maior parte das pessoas está ansiosa e com medo da disseminação do coronavírus. Diante disso, como criar soluções? Dialogue com os trabalhadores para a construção de alternativas viáveis e que se adaptam às necessidades de cada um. Seja resiliente O contexto de pandemia envolve uma série de adversidades, o que exige mais de nossos recursos internos e nossa mobilização para a criação de soluções para os obstáculos. Ser resiliente não é permanecer intacto após situações difíceis ou de impacto, mas, sim, é saber construir a partir dessas adversidades. O processo não implica não se mobilizar e não sentir nada. Não é negar a experiência ou passar por uma dificuldade com distanciamento. A resiliência envolve o problema e o que você faz com isso. É a competência de criar possibilidades a partir de um cenário adverso, em que ninguém confiava que sairia uma alternativa. É preciso acreditar nesse potencial e mobilizar a equipe nessa direção. Foque no futuro imediato Na pandemia, ninguém sabe como será amanhã. Os dias de isolamento e de trabalho em home office envolvem muitas preocupações, ansiedades e o medo da disseminação do vírus. Apesar do tédio da rotina, existe um temor constante, com uma coletividade de incertezas. Neste contexto, com as economias abaladas e a redução de vendas e da procura, é importante notar que não é possível fazer planejamentos de longo prazo agora. Poupar recursos é importante, mas não há soluções prontas para os problemas que temos no momento. Assim, os pensamentos para o que vem em frente devem ter foco apenas no futuro imediato, levando em conta que um novo normal está surgindo. Busque desenvolver autocontrole e autoconhecimento Ter autoconhecimento ajuda no desenvolvimento de uma postura de autocontrole. Destacamos que esses não são aspectos que se desenvolvem de forma instantânea. Autocontrole e autoconhecimento são resultados de um trabalho de muitos anos, de várias reflexões e da oportunidade de dialogar sobre as próprias dificuldades e potencialidades, sem julgamentos. Às vezes, é necessário, também, cometer alguns erros e passar por algumas situações para conhecer como você reage a determinadas questões. Isso é natural e nunca deve ser visto como fraqueza, mas, sim, como uma estrada de aprendizado contínuo ao longo da vida. O desenvolvimento de autoconhecimento e autocontrole ocorre no dia a dia e com reflexões. Fazer terapia ou análise também é uma uma oportunidade para fortalecer essas competências, além de ser uma ótima fonte de apoio em um momento tão delicado quanto este da pandemia de coronavírus. Crie um clima de abertura e empatia Os colaboradores estão fragilizados com a pandemia. Há uma doença resultante de más condutas ambientais de dimensões globais, provocando adoecimentos e mortes, prejudicando economias e gerando mudanças radicais nas rotinas. O que ficou visível é que a vida como estava não poderia continuar, pois o planeta não suportaria. Diante disso, todos estão sujeitos a reflexões, além de estarem distantes da convivência com parentes e amigos. É preciso criar um clima de abertura e empatia, que ajude a acolher esse profissional, que pode até estar bem, mas que não passa imune por essa pandemia. Deve-se fortalecer os laços e o diálogo, dando abertura para a discussão de ideias e alternativas. Estabeleça um bom fluxo de comunicação Para que o trabalho flua bem em home office, é relevante ter políticas de fortalecimento da comunicação. A troca de informações deve ser realizada de forma clara e cuidadosa, com feedbacks construtivos, um cuidadoso controle de dados, tecnologias avançadas e bastante diálogo. As reuniões online são importantes para o alinhamento de demandas e expectativas em relação à atividade e, também, para o fortalecimento do sentimento de pertencimento à equipe, que pode estar um pouco fragilizado pelo fato de cada um estar em sua casa. Faça um mapeamento das mudanças atuais É importante mapear as modificações que aconteceram nos últimos tempos para conhecer melhor a realidade da empresa e, também, os contextos que os profissionais estão enfrentando em home office. Analise perdas e consequências da conjuntura atual e as perspectivas possíveis para a corporação se reorganizar. Para isso, busque escutar a equipe, realizando uma investigação profunda. Esse mapeamento vai ajudar na leitura de contexto, para compreender melhor a realidade e criar soluções positivas e viáveis para os problemas encontrados. Isso envolve tanto aspectos associados ao trabalho como também questões emocionais, por exemplo, desmotivação, dificuldade em concentrar, distúrbios do sono, conflitos em casa e entre os colaboradores e diversas outras demandas. O Setembro Amarelo é uma campanha de mobilização para a prevenção ao suicídio, o que traz à tona o importante tema da gestão emocional na empresa. Promover bem-estar laboral e qualidade de vida entre os colaboradores é resultado de múltiplos esforços, envolvendo uma comunicação positiva, o fortalecimento do diálogo, a criação de vínculos de confiança e o desenvolvimento de soluções para as problemáticas encontradas. Na pandemia de coronavírus, a gestão emocional é imperativa para fornecer uma boa estrutura de apoio para os profissionais e para propiciar condições adequadas de trabalho para o time. Pratique as dicas que oferecemos neste post e convide a equipe para dialogar mais sobre o tema. Aproveite também para compartilhar este artigo nas redes sociais com seus colegas!
Toda empresa deseja ter uma equipe motivada e comprometida, com foco no cliente e na venda. Mas afinal, é possível tornar a motivação algo permanente? A empresa é responsável por isso? Dado o grande desafio em gerenciar os recursos humanos, estratégias de valorização estão sendo implementadas de forma crescente, como forma de satisfazer os colaboradores e torná-los fiéis à empresa e aos seus clientes. Sabendo que os consumidores estão mais exigentes e o mercado cada vez mais competitivo, o engajamento da equipe passa a ser um diferencial suficiente para levar a empresa ao topo ou a falência. Algumas dicas podem ser úteis para empresas que querem investir no bem estar dos funcionários, e que colherão os frutos mais na frente. São elas: 1) Definição dos cargos e funções: Todo bom desempenho começa com uma clara e precisa definição do que precisa ser feito. A empresa deve descrever o que espera dos cargos existentes, norteando os colaboradores sobre a correta entrega para a empresa. Este é o começo de um bom desempenho por parte do funcionário. 2) Criação de manual de conduta: Além de saber o que deve ser feito, os colaboradores precisam estar cientes da boa e ética postura profissional. Um manual de conduta tem esse papel, orientando quanto aos comportamentos que contribuem para a boa convivência no ambiente de trabalho. 2) Correto recrutamento e seleção: Após definir o que a empresa precisa que cada um faça, é preciso colocar as pessoas certas nos lugares certos. O recrutamento precisa ser assertivo, contribuindo para uma seleção de sucesso. Quando pessoas com o perfil da empresa são selecionadas tudo fica mais fácil! 3) Disponibilização de benefícios e treinamentos: Se você quer manter bons profissionais na sua equipe, você deve cativá-los. A concessão de benefícios é algo atrativo, que fortalece o vínculo emocional e ajuda a criar um bom clima organizacional. Devemos ressaltar que os benefícios precisam “caber no bolso” da empresa, e podem incluir parcerias com outros estabelecimentos, viabilizando descontos e condições diferenciadas (as vezes sem nenhum custo adicional!). Não esqueçamos também dos tradicionais momentos de integração (ex: aniversariantes, confraternização de fim de ano, etc), que aproximam as pessoas e ampliam o sentimento de equipe. Também como foco no bem estar, e visando o desenvolvimento, a empresa pode oferecer treinamentos ao quadro de pessoal, de forma programada e com base nas funções desempenhadas, gerando assim uma evolução técnica e cognitiva. 4) Avaliação de desempenho dos colaboradores: Se existe um parâmetro das entregas, o colaborador precisa ser informado se está atendendo ou não o exigido. Além de aprendizado, este momento sinaliza para o funcionário que a empresa precisa do comprometimento no dia a dia. É mais difícil corrigir ou melhorar algo que não é mensurado. 5) Política de reconhecimento: Não só de cobrança é construída a relação entre empresa e funcionário. Constatando-se o bom desempenho e comprometimento, é preciso reconhecer. E isto pode ser feito das mais diversas formas, contemplando elogios, premiações, folgas, etc. Mais uma vez ressaltamos a importância da adequação a condição financeira da empresa. 6) Pesquisa de clima: o clima organizacional não é estático, e precisa ser monitorado. Sinais de desgastes na relação podem desencadear frustração e perda do comprometimento, com repercussão até mesmo no consumidor final. Para evitar que isto aconteça, a aplicação de pesquisa de clima organizacional, ao menos uma vez por ano, é essencial. Além de alertar quanto a possíveis tensões e insatisfações, a pesquisa pode apontar soluções aderentes às necessidades das pessoas envolvidas, contribuindo para a criação de planos de ação. Por Vitor Abreu, analista do Sebrae em Pernambuco