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Inovação | INOVAÇÃO
Saiba tudo sobre a era do metaverso e avatarização

O metaverso representa os novos passos para a relação entre o que fazemos no real e no virtual, com uma proposta cada vez mais imersiva de acesso.

· 19/12/2022 · Atualizado em 19/12/2022
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Com a promessa de revolucionar a maneira como interagimos com o virtual, o metaverso chegou causando um impacto. Pelo menos, na época de seu anúncio, não se falava em outra coisa.

No entanto, alguns meses se passaram, e a ideia principal perdeu um pouco a força. Porém, se o metaverso atual não causou um impacto mais duradouro no imaginário coletivo, o conceito essencial, isto é, a avatarização de pessoas e a criação de personagens virtuais, nunca esteve tão forte.

Neste texto, vamos falar sobre o metaverso e a avatarização das marcas. Continue!

O que é a era do metaverso e avatarização?

Para entender do que estamos falando quando mencionamos o metaverso, é preciso voltar um pouco ao passado: exatamente na década 1990, na primeira vez em que o termo foi utilizado. Essa palavra surgiu no livro Snow Crash de Neal Stephenson, uma obra famosa no universo cyberpunk.

Nela, é retratado um mundo dividido em que, de um lado, há o real e, no outro, uma realidade virtual baseada no universo em que cada um pode ter o seu avatar. A base dessa ideia tem uma relação muito forte com o que é o metaverso.

Apresentado em outubro de 2021, pelo dono da META (Ex-Facebook), Mark Zuckerberg, o conceito-base é um mundo virtual que permite uma imersão das pessoas por meio de avatares de si mesmas. Nesse local, elas poderiam fazer quase tudo o que fazem no real: estudar, trabalhar, conversar, praticar esportes, viajar etc.

Até o momento, a ideia ainda não tomou conta do mercado, como Zuckerberg esperava, até por questões técnicas e de acesso. Mas existem alguns investimentos importantes da empresa, como o Horizon Worlds, um aplicativo próprio para os avatares.

Porém, se o metaverso ainda não mostrou todo o seu potencial, pelo menos, a ideia de avatar já tem um espaço na publicidade e na divulgação das marcas. Mas será que você sabe o que é realmente um avatar?

A avatarização das marcas

A palavra avatar no dicionário significa “a encarnação de uma divindade”. Acontece que, no digital, quando falamos sobre avatares, não é bem sobre deuses que estamos nos referindo.

No meio digital, o avatar é um personagem virtual, geralmente com a aparência 3D, possuindo redes sociais e uma personalidade própria. No entanto, sua criação não acontece apenas por acontecer. Ele tem uma função: ser um representante da marca. Quase como a ideia de mascote, porém com um nível de imersão e proximidade com os consumidores ainda maior.

Além disso, diferentemente das mascotes, o conceito de avatar é que ele seja uma pessoa mesmo. Ele tem personalidade, gostos e uma voz que deve estar condizente com a marca. No momento, temos muitos exemplos disso: Lu da Magazine Luiza, Nati da Natura, entre outros.

Por que algumas marcas têm adotado essa prática?

A interação entre homem e máquina não é nenhuma novidade – o próprio computador é um exemplo disso. Porém, interagir não é a mesma coisa que se relacionar. A grande diferença entre o que tínhamos antes em termos de contato com as marcas pelo digital está justamente nessa possibilidade de relacionamento.

Isto é, antigamente, o contato era restrito a e-mails, à chat com algum atendente ou, até mesmo, à leitura de um FAQ. Contudo, na última década, o nosso nível de imersão no digital aumentou muito. 

Fazemos muitas coisas no online, e o mais importante quando falamos de marca: consumimos. Logo, é preciso encontrar uma forma de estreitar esse contato, criar e manter um vínculo com os consumidores — é aí que entram os avatares.

Acontece que o atendimento sempre foi um ponto-chave, principalmente quando se fala sobre varejo. Na internet, o fluxo é constante, é preciso de uma assistência que seja capaz de oferecer suporte humanizado 24 horas.

Os perfis virtuais são interessantes para as marcas justamente por isso: conseguem criar um vínculo, pois há uma proximidade com o consumidor. Eles veem aquele personagem, realizando tarefas, muitas vezes parecidas com o seu dia a dia, falando dos mesmos assuntos e criando uma relação de proximidade.

Para a marca, ainda há uma independência: ela não precisa mais recorrer a um influencer digital para divulgar o seu nome. O avatar é totalmente seu, está disponível 24 horas e ainda passa a mensagem do jeito que a marca quer.

Quais são os benefícios?

Como vimos no tópico anterior, os avatares são uma aposta interessante para as marcas divulgarem seus produtos e conseguirem a atenção/fidelização da audiência. Mas essas não são as únicas vantagens. Vamos conhecer os principais benefícios dessa estratégia. Confira!

Maior controle

Boa parte da questão influenciador e marca tem um ponto conflitante que é: o primeiro pode não estar 100% alinhado com o que o segundo representa. Isso não é um problema em um primeiro momento, visto que, quando uma empresa procura por um influencer, ela está querendo acesso ao seu público.

Porém, por outro lado, se o objetivo da marca é ir além e construir uma audiência do zero, não ter alguém que represente totalmente a marca futuramente trará algumas divergências. O influencer pode ter opiniões que contrastem com o que a empresa é, e isso significa cortar as relações de publicidade e a marca ter que encontrar outra pessoa.

O fato é que, com um avatar, essa situação não acontece. Ele não só está alinhado à marca, como ele é a empresa. Esse personagem pode ser criado para ter seus próprios interesses, sonhos, opiniões e valores, tudo alinhado com a forma como a marca quer ser vista pelo público.

Novos mercados

Para muitas empresas, estar no digital é o mesmo que ter o perfil em uma rede social, um site e um sistema de e-commerce. Isso são processos importantes e fundamentais para a presença online, mas não são suficientes, ainda mais hoje em dia.

O consumo no digital cresceu muito. Segundo pesquisa da ConQuist Consultoria, 71% dos brasileiros preferem fazer compras online, mas é preciso de algo para reter esses consumidores – principalmente, os novos que já têm um contato duradouro com o virtual.

Por exemplo, a geração Z e Alpha são um bom exemplo de um grupo de usuários que têm outra percepção da internet. Eles convivem com ela desde pequenos e interagem muito com tudo o que ela pode oferecer. Essas gerações representam bem o novo mercado – e que melhor forma de trazê-los mais para a marca do que por meio da influência virtual?

Os avatares são uma grande estratégia quando o assunto é atrair e fidelizar novos mercados. Para uma empresa que quer manter a sua competitividade, é fundamental investir em estratégias que chamem a atenção desse público já imerso no digital.

Humanização

Segundo pesquisa da Forrester feita em 2020, 25% das empresas perdem cerca de 1% da receita anual quando não conseguem responder de forma satisfatória aos problemas e eventos sociais que os consumidores se identificam.  

Esse é um bom exemplo para entender como, cada vez mais, a relação entre os consumidores e as marcas é estreita. Nesse sentido, a estratégia de humanização tem um efeito crucial para o sucesso.

Aliás, saiba que esse apelo para que as marcas sejam mais humanas surgiu justamente com o digital. Mas do que se trata? Bem, a humanização tem a ver com a forma como a empresa se comunica. Basicamente, é quando ela procura aproximar-se do cliente por meio de uma linguagem empática que junta os desejos e as necessidades de seus consumidores.

Claro que conseguir isso não é um processo fácil. É preciso entender muito bem quem é o seu cliente, além de desenvolver uma espécie de imagem que ele facilmente se identifique. 

A boa notícia é que os avatares virtuais conseguem causar esse efeito. Eles representam o lado humano da marca, com uma imagem no digital que, muitas vezes, se sobrepõem à empresa, já que possuem discurso e preferências de uma pessoa.

Fortalecimento da marca

Os avatares são uma ótima oportunidade para conseguir chamar a atenção de novos clientes, ter mais controle do que se fala e, principalmente, tornar a marca presente. Aliás, uma das grandes vantagens está em conseguir criar longevidade para a empresa no imaginário dos consumidores. 

Os influenciadores virtuais ou avatares funcionam porque representam a marca em todos os seus aspectos, seja na escolha das cores que usam, seja no logotipo de seus posts, seja na forma que expressam suas opiniões. Isso reforça de uma maneira indireta a marca e a coloca em evidência em diferentes momentos para o público.

Quais marcas adotaram?

Deu para perceber como a avatarização é uma estratégia que traz vantagens bastante interessantes para marcas que querem aumentar seu alcance e fidelizar clientes. Mas quais empresas já colocaram essa estratégia em prática? Aqui, vamos apresentar alguns exemplos que possuem seus próprios avatares. Confira!

Lu da Magalu

É impossível falar sobre avatarização e influencer virtual sem mostrar como exemplo a estratégia que a Magazine Luiza tem feito ao longo dos últimos anos. A Lu é um avatar da empresa que se tornou o rosto da marca e representa bem as possibilidades que esse tipo de estratégia pode oferecer: nos últimos anos, a personagem foi contratada para fazer parceria com outras marcas.

A história da Lu é bem interessante: ela surgiu como um bot para o comércio eletrônico em 2003. Foi evoluindo até se tornar esse avatar com perfil próprio e que faz campanhas para a empresa. 

Nat Natura

Ao contrário da Lu, a Nat Natura é uma personagem um pouco mais recente: ela foi criada em 2016, utilizando IA. Porém, assim como a Magazine Luiza, a ideia inicial é que ela fosse um suporte para o atendimento. Ela esclarecia as dúvidas dos consumidores sobre os produtos da Natura.

Dois anos depois, houve uma mudança na estratégia e uma personalização maior desse avatar – ela ganhou um corpo e uma voz. Agora, a Nat não é só uma representante da Natura, ela é uma consultora de beleza e porta-voz de tudo o que a marca faz.

CB – Casas Bahia

O Baianinho sempre foi uma mascote importante para a estratégia das Casas Bahia. Durante décadas, era possível vê-lo em diferentes publicidades da marca, porém nada comparado com o tipo de personificação que temos atualmente.

A Via Varejo, atual dona da marca, resolveu fazer uma reformulação nesse personagem, transformando-o em algo mais humanizado e até mudando o nome para CB. No entanto, diferentemente dos avatares anteriores, o CB ainda não possui um perfil pessoal, mas é bastante utilizado nas publicidades da empresa.

Ayayi da Xiaohong Shu

Saindo um pouco do aspecto nacional, temos um exemplo de avatarização que atravessa o continente. A Ayayi é conhecida como uma meta-humana. Criada na China pela Ranma Tecnologia, ela é um bom exemplo do que chamamos de influencer virtual.

Não só por sua aparência completamente humana, mas também pelo seu impacto: seu primeiro post chegou à marca de três milhões de visualizações.

Shudu Gram

Esse é um avatar que foge um pouco de estar ligado à marca. Isso porque Shudu é o mais próximo que temos de uma modelo virtual. Criada em 2018, pelo designer Cameron-James Wilson, é uma personagem que já ultrapassou o virtual.

Grandes nomes da moda, como Glamour, Vogue, Harper 's Bazaar e Elle, já fecharam alguns editoriais com essa modelo. Além disso, seu rosto também foi utilizado por importantes marcas, como a Tiffany e a Hyundai.

Noonoouri

A Noonoouri é talvez o avatar que mais foge do que estamos esperando, principalmente na aparência desse tipo de personagem. Com um rosto bastante estilizado, olhos grandes e face fina, ela pode ser confundida facilmente com uma boneca. 

Contudo, é preciso cuidado aqui: Noonoouri foi criada com uma personalidade própria, ela é ativista de causas sociais, vegana e sempre procura passar suas mensagens de conscientização para os seus 387 mil seguidores.  

O metaverso e, consequentemente, a avatarização são fenômenos atuais e que representam o alto nível de integração entre o real e virtual. É claro que, com iniciativas como IA, machine learning e as próprias evoluções gráficas, a tendência é que essa relação entre o que fazemos no virtual seja cada vez mais real.

Por isso, é essencial que as marcas comecem a se preparar para isso e procurem entender os benefícios de uma presença no digital mais imersiva, como é o caso do uso de avatares. 


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