A crescente inclusão do universo virtual no dia a dia do cliente abre novas possibilidades de negócio no setor de Tecnologia da Informação.

Segundo pesquisa da Nielsen IBOPE divulgada no fim de 2015, nos últimos 15 anos, o total de brasileiros com internet em casa cresceu dez vezes. Estima-se ainda que, no Brasil, mais de 76 milhões de pessoas utilizem celulares smartphones.
Esses números deixam claro o avanço da democratização do acesso à internet e aos diversos aos produtos tecnológicos. Também ajudam a explicar o forte crescimento do setor de Tecnologia da Informação (TI) ao longo dos últimos anos.
Para quem deseja investir nessa área, no entanto, é preciso estar atento à constante evolução das tendências do mercado e das necessidades dos consumidores – cada vez mais conectados. Na era digital, a experiência do usuário é a palavra-chave.
Enquanto as empresas dos mais diversos segmentos estão em busca da modernização, os negócios de TI têm a oportunidade de, vislumbrando esses avanços, torná-las seus clientes. A ideia é criar, e vender, soluções inovadoras que facilitem o dia a dia dos usuários, oferecendo maior interatividade entre as atividades online e offline.
Cada dia mais, objetos comuns, a exemplo de eletrodomésticos, automóveis, eletrônicos, ou mesmo itens de decoração, passam a interagir com o usuário através de sensores ou dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Essa tendência é chamada de Internet das Coisas (ou IoT, sua sigla em inglês).
O objetivo é facilitar a interação entre o mundo real e o virtual. E exemplos não faltam. Atualmente, existem pulseiras que se conectam, sem fios, ao smartphone para monitorar as atividades físicas do usuário, enviando o resultado dos exercícios, lembretes e dicas, por exemplo.
Uma simples máscara de dormir pode monitorar as ondas cerebrais, a tensão muscular e o movimento dos olhos do usuário e o acordar na hora mais adequada para seu organismo. Lâmpadas inteligentes também já são realidade. Elas permitem o ajuste da iluminação de acordo com a necessidade do ambiente e podem ser controladas por dispositivos móveis, como smartphones ou tablets.
A IoT já é uma realidade em certas esferas e, com a sua popularização, ainda que muitos avanços pareçam ficção científica, o setor tem caminhado em direção a um futuro onde diferentes aspectos do cotidiano humano estarão, em sua maioria, digitalmente conectados.
Segundo a Cisco Systems, uma das maiores empresas de TI do mundo, estarão conectados, até 2020, mais de 50 bilhões de objetos, utilizados em meios de transporte, educação, residências, entre outros.
O constante desenvolvimento de novas funções para itens como chips, sensores, aparelhos de geolocalização e dispositivos móveis impulsionam as empresas que trabalham com hardwares.
A criação e permanente melhoria de aplicativos, sistemas de segurança e mecanismos para comunicação entre máquinas também mantêm as empresas de software na linha de frente do setor de Tecnologia da Informação.
As oportunidades do setor, no entanto, não estão limitadas à área de criação, seja de software ou hardware.
Empresas e residências precisam de profissionais que realizem a instalação de cabeamento, redes, servidores, entre outros. Com a popularização da Internet das Coisas, essa é uma demanda que tende a crescer. Consertos e manutenção especializada formam um outro possível campo de investimento.
Além de buscar capacitação e estar atento às necessidades do mercado, os pequenos negócios da área de tecnologia podem fomentar parcerias para desenvolver projetos. Participar de eventos de tecnologia é uma boa forma de conhecer possíveis parceiros e clientes.
Os novos consumidores têm interesse em personalização, então busque oferecer produtos diferenciados em funcionalidade e design. A adaptação ao estilo e necessidade de cada cliente é um forte diferencial.
Conhecer o cotidiano do público-alvo é essencial para qualquer tipo de investimento. Busque entender também a maneira como os usuários respondem aos seus produtos. Nunca deixe de testar a usabilidade de suas criações.
O Start-Up Brasil, programa do Governo Federal, tem como um dos seus principais objetivos o fortalecimento do empreendedorismo no mundo digital. Ele oferece uma série de estímulos para empreendedores iniciantes, a exemplo do acesso, sem custo adicional, a produtos e serviços oferecidos por empresas parceiras.
O principal foco do programa, no entanto, é a aceleração de startups através de um aporte financeiro que pode somar até R$ 200 mil por projeto. Esses recursos são destinados ao pagamento de bolsas para pesquisa, desenvolvimento e inovação. Acesse o site do Start-Up Brasil e conheça mais sobre o programa.
Artigo produzido pela Avante Brasil em coautoria com a Coordenadora Nacional de Tecnologia da Informação, Rosana Cristóvão de Melo, e informações da Gartner.Foi um prazer te ajudar :)